O antigo guarda-redes do Leiria, e atualmente no Palmeiras, condenou o mau comportamento das claques no jogo com o Flamengo, e, ainda, a violência que vem grassando no Brasil
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O jogo entre dois históricos do Brasileirão - Flamengo e Palmeiras -, disputado em Brasília, ficou marcado por atos de violência, o que vem sendo rotina nos estádios brasileiros, sempre com as claques organizadas como pano de fundo.
No estádio Mané Garrincha estavam 55 mil espetadores e o Palmeiras venceu o jogo por 2-1. Um desfecho que passou para segundo plano, porque a confusão provocada pelas duas claques no intervalo do jogo afetou crianças e idosos e os próprios atletas, no recomeço da partida.
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Fernando Prass, de 37 anos, guarda-redes do Palmeiras que defendeu o Leiria entre 2005 e 2008, foi dos que mais sofreu com o gás pimenta lançado pelos elementos da polícia militar. O atleta estava inconformado com mais uma situação de violência no seu Brasil
"Não é só o futebol. É o nosso país que está assim. Todos souberem o que se passou com a menina no Rio de Janeiro [violada por 30 homens] e agora o que aconteceu com o menino de 10 anos em São Paulo. Isto é o fim do país, uma criança de 10 anos ser morta pela polícia, independente da versão", desabafou o experiente atleta.
A confusão entre as claques organizadas do Flamengo e do Palmeiras, no anel superior do estádio Mané Garrincha terminou com 30 homens presos e um adepto em estado grave, com cortes no rosto e lesões na cabeça. O tumulto também feriu três policias.