Fernando Diniz, selecionador do Brasil: "Acho que gritar 'olé' é demasiado"
Declarações do selecionador brasileiro depois da derrota, por um golo sem resposta, na receção à Argentina, jogo de apuramento para o Mundial.
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Um golo do central benfiquista Nicolás Otamendi valeu à Argentina um histórico triunfo por 1-0 no Brasil, que sofreu o primeiro desaire caseiro de sempre em eliminatórias de acesso ao Mundial de futebol, em pleno Maracanã.
A equipa canarinha atravessa uma má fase e tem sido alvo de críticas, algo que o selecionador Fernando Diniz tentou desvalorizar. "Os adeptos estão no direito de fazer o que quiserem. Temos de dar o nosso melhor. O adepto é passional e quer vencer, então ele está no direito de vaiar. Acho que gritar 'olé' para a Argentina é demasiado. Tanto que o pessoal que falou foi vaiado pelo público que estava. Mas vaiar, ficar insatisfeito com a equipa porque não está a ganhar é extremamente compreensível. Do resto, temos de saber conviver com as vaias e com a pressão. Ele (adepto) quer vencer e jogar bem. Acho que a equioa jogou bem, mas não venceu. E quando isso acontece e vem a derrota, é um facto normal", disse.
"Vou dizer a mesma coisa que disse quando o Fluminense ganhou a Libertadores: você não pode achar que a vida é só estatística, se ela for só estatística está tudo muito mal. Mas se a gente analisar como um processo de mudança, de jogadores, teve muitas coisas. Hoje tivemos três jogadores que disputaram o último Mundial, a Argentina teve quase a equipa completa", observou.