Organismo que superintende o futebol britânico assume estar a trabalhar com a Premier League para o reforço da legislação relacionada com a atribuição de vistos
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A Federação Inglesa de futebol (FA) pondera proibir a atribuição de vistos a jogadores oriundos do estrangeiro que sejam alvos de transferência por parte de clubes da Premier League com a pretensão de participar numa eventual Superliga europeia.
"Podemos alterar alguns aspetos do sistema de vistos para garantir que as pessoas só obtêm vistos em concursos que nós credenciamos. Portanto, não se pode trazer talentos estrangeiros para jogar em competições que não regulamentamos. Não se pode trazer estrangeiros para jogar na Superliga", explicou Mark Bullingham, chefe executivo da entidade que recomenda a emissão de licenças ao Ministério do Interior.
O responsável inglês frisou que a FA, respaldada agora pelo 'Brexit' - processo de saída do Reino Unido da União Europeia -, vai "certificar-se de que o regulamento se torne mais rigoroso" quanto ao ingresso de futebolistas de qualquer outro país em terras de Sua Majestade.
"A Premier League está a fazer a mesma coisa. Estamos a trabalhar em alguns ajustes. Fomos muito claros desde o início que nos opúnhamos à Superliga e que íamos usar as regras para a impedir, mas queremos avançar ainda com mais alguma legislação, de modo a dar mais poder à nossa regulamentação", assinalou o dirigente, sobre o trabalho legislativo em curso para impedir a criação da Superliga.
As declarações (tidas como ameaças institucionais) de Mark Bullingham visam, particularmente, os seis clubes ingleses que, inicialmente, aceitaram participar na prova concorrencial à Liga dos Campeões: Chelsea, Arsenal, Liverpool, Manchester United, Manchester City e Tottenham.
Este sexteto de emblemas da Premier League, recorde-se, fora alvo, no início deste mês, de uma multa de 23 milhões de euros aplicada pelo referido organismo, como forma de tentar colocar um ponto final no intento de competir na Superliga.