Aos oito anos de idade, James Owen, filho de Michael Owen, foi diagnosticado com doença de Stargardt, uma distrofia hereditária que causa degeneração da visão central
Corpo do artigo
Michael Owen, antigo avançado inglês que venceu a Bola de Ouro em 2001, falou esta quarta-feira sobre a doença degenerativa de que o seu filho, de apenas 17 anos, sofre, dizendo que “se pudesse, trocaria de olhos” com ele.
James Owen, que sonhava em seguir as pisadas do pai e do avô (Terry Owen, antigo jogador do Everton) no futebol, viu esse objetivo desvanecer-se aos oito anos, quando foi diagnosticado com doença de Stargardt, uma distrofia hereditária que causa degeneração da visão central.
“Pagaria todos o dinheiro que tenho para que o James voltasse a ver. Como pai, queremos que tudo seja perfeito - e ele é - mas é claro que foi uma altura triste. Começámos a pensar no futuro: ‘Será que ele vai poder conduzir? Será que vai poder trabalhar?’ Todas estas coisas passam-nos pela cabeça", começou por recordar, em declarações a um podcast da BBC.
Os vários procedimentos médicos e testes que o filho teve de atravessar também não foram fáceis para o antigo avançado do Liverpool, Real Madrid, Newcastle e Manchester United.
"Empurrar o nosso filho para a frente para conseguirmos algo que sabemos que vai ser doloroso... É horrível de ver. Apetece-nos tirar toda a dor”, admitiu.
Ainda assim, o filho de Owen não deixou que a doença o afastasse completamente do mundo do desporto, tendo acompanhado, na companhia do pai, a seleção inglesa no Mundial de 2023 em futsal para cegos.
“Houve até uma altura em que marquei um golo enquanto estava a treinar com a seleção inglesa, fiquei muito contente”, revelou James Owen, antes de corrigir, bem-disposto: “Na verdade, levei uma ‘cueca’ e marquei um autogolo, não foi um grande momento”.