Ex-adjunto de Ten Hag no United: "Cristiano Ronaldo? Quem não corresse, não jogava"

Steve McClaren, que foi treinador-adjunto de Erik ten Hag no Manchester United e agora é selecionador da Jamaica, defendeu o treinador dos red devils na questão do desentendimento entre o neerlandês e Cristiano Ronaldo, que levou à saída de CR7 para o Al Nassr. 

"Não posso criticar a sua abordagem [de Ten Hag]. Ele lidou muito bem com a situação. Eu disse na altura que o Ten Hag era o homem certo para ir para o Manchester United. Isso ficou patente na forma como lidou com a saída de Cristiano Ronaldo. O Ten Hag chegou com padrões definidos. Regras definidas. Uma forma de jogar definida. E se não se corresse, não se jogava. Ele era rígido nisso. Como os neerlandeses são. Ele sabia que era isso que era necessário. Não podia haver flexibilidade, não havia forma de os jogadores manobrarem [para fugir a essa responsabilidade]. Era isto que se tinha de fazer - ou não se jogava. E ele confrontou o Ronaldo, e com toda a razão. Outros treinadores tentaram adaptar-se. O Erik não achou que fosse necessário fazer isso. O [Ralf] Rangnick tinha tentado e não tinha resultado e o Ole [Gunnar Solskjaer] também. Por isso, [Ten Hag] manteve-se firme e desenvolveu outros jogadores", defendeu, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph.

"Foi isso que foi fundamental. Ele não tinha medo de lançar os jovens. Em casos como atrasos em reuniões, como aconteceu antes do jogo com os Wolves, quando Marcus Rashford se atrasou um ou dois minutos para uma reunião no dia do jogo. Ele [Ten Hag] pô-lo no banco. Mas acabou por o pôr [Rashford] em campo e ele marcou o golo da vitória. Coisas como essas foram importantes. A disciplina era importante. As normas eram importantes. O comportamento era importante. Toda a gente sabe isso sobre o United. Foi isso que ele [Ten Hag] trouxe. Algumas pessoas não gostavam disso - é normal - mas ele nunca mudou. Essa é a sua força", explicou Steve McClaren.