Os bleus, vencendo menos duelos, levam vantagem nos jogos oficiais. Em 2021, com muita polémica, a França ganhou a Liga das Nações à Espanha
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A história dos embates entre as seleções de Espanha e França começou em 1922 e estende-se num total de 36 desafios, o mais recente no dia 10 de outubro de 2021. Uma partida que valia uma Liga das Nações e que seria ganha, com muita polémica, pela equipa francesa. Aos 80’, com 1-1 no marcador, Mbappé, em posição de fora de jogo, recebeu um passe que Eric Garcia tentou intercetar tocando ligeiramente a bola e assinou o golo vitorioso. Apesar dos muitos protestos dos espanhóis, árbitro e VAR consideraram o lance válido, considerando que houve um toque voluntário do defesa na bola.
Hoje, as duas equipas reencontram-se, não para disputar um troféu, mas o acesso a uma final que pode levar a nova conquista. No caso dos espanhóis seria o quarto Europeu e dos franceses o terceiro.
E se entre duas das mais fortes seleções do mundo é complicado apontar favoritismo - mesmo que a Roja esteja a impressionar mais do que uma França, onde a solidez defensiva tem sido a sua grande força (apenas um golo sofrido e de penálti) - o saldo de confrontos joga a favor dos bleus se olharmos só a partidas oficiais - nos totais ganha a Roja por 16-13 em vitórias -, contando com seis triunfos e apenas duas derrotas, além de outros tantos empates. E se a Espanha até deixou pelo caminho a França (nos quartos de final) na caminhada vitoriosa do Euro’2012, a verdade é que os gauleses têm muitos mais motivos para sorrir. Em 1984 ganharam aos vizinhos, por 2-0, na final do Euro e no Europeu de 2000, que também conquistaram, também superaram os espanhóis, neste caso nos “quartos”. Outro duelo marcante sucedeu no Mundial’2006, nos oitavos de final, com novo triunfo francês.
Juventude vs consagrados
Imagem de marca da Espanha tem sido o atrevimento dos seus jovens extremos Yamal (16 anos) e Nico Williams (21). Futebolistas que juntam qualidade, irreverência e responsabilidade, porque jogam já com uma maturidade rara. Na França não faltam consagrados no ataque, alguns já campeões do mundo e outros “vice” mas de Mbappé a Dembélé, passando por Thuram e Griezmann, pouco se tem visto do que são capazes.