A organização do Mundial do Catar afirmou que o escândalo de corrupção que recentemente assolou a FIFA "não terá impacto" na preparação do país para receber a competição em 2022.
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"Os acontecimentos na FIFA não terão impacto na nossa preparação para o Mundial de 2022", declarou o comité supremo encarregado da organização da prova, na sua primeira declaração desde o pedido de demissão apresentado pelo ainda presidente da FIFA, Joseph Blatter.
O comité assegurou ainda que está "adiantado em relação aos prazos" numa altura em que se iniciaram as obras em cinco dos estádios usados no mundial.
"O Catar tem enfrentado críticas desde que ganhou o direito de trazer este torneio para o Médio Oriente pela primeira vez", pode ler-se ainda na declaração, onde é afirmado o empenho do Catar em usar o mundial como "plataforma para derrubar preconceitos e deixar um legado para o país e para a região".
A escolha do Catar para organizar o Campeonato do Mundo de futebol de 2022 foi anunciada em dezembro de 2010 - o Catar recebeu a preferência da maioria dos 22 votantes da Comissão Executiva da FIFA, derrotando as candidaturas de Austrália, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul.
A 22.ª edição da fase final do Mundial será a primeira realizada num país do Médio Oriente, embora o Catar tenha recebido o campeonato do Mundo de sub-20 em 1995.
Na mesma altura, a FIFA anunciou a Rússia como anfitriã do Mundial de 2018, ao qual concorriam também a candidatura conjunta de Portugal e Espanha, a Inglaterra e o projeto comum de Holanda e Bélgica.
Blatter, que na terça-feira anunciou a sua renúncia à presidência da organização de cúpula do futebol mundial, foi reeleito a 29 de maio para um quinto mandato como presidente da FIFA, até 2018, ao vencer o jordano Ali bin al Hussein, num sufrágio realizado no 65.º Congresso do organismo que tutela o futebol mundial.