"Em qualquer país, com esta dívida, o Barcelona não podia jogar na primeira divisão"

Joan Laporta, presidente do Barcelona (créditos: EPA)
Uli Hoeness, presidente honorário do Bayern, não poupou nas críticas à gestão financeira do Barcelona, garantindo que, na Alemanha, o clube catalão já não estaria na primeira divisão
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Uli Hoeness, presidente honorário do Bayern, visou esta terça-feira a gestão financeira do Barcelona, dizendo que, em qualquer outro país, o gigante catalão já teria sido despromovido administrativamente pela forma como, apesar da sua dívida, continua a investir na equipa, renovando inclusive o seu estádio.
"É absurdo que eles tenham uma dívida de mais 1300 milhões de euros, é absurdo e intolerável. Em qualquer país, com esta dívida, não podiam jogar na primeira divisão. Com toda a certeza, e aqui não se passa nada", começou por apontar o dirigente alemão, de 73 anos, no podcast "OMR", contrastando o modelo de gestão do campeão espanhol com o do seu próprio clube.
"O Barcelona não é o modelo de gestão que imagino para uma equipa, contrasta absolutamente com o controlo que temos no Bayern e com a nossa boa economia, que devia ser um exemplo para os clubes europeus. Fica claro que uma gestão sólida, um critério económico sólido e uma qualidade desportiva não dependem de arriscadas manobras contabilísticas", vincou, referindo-se às famosas "palancas" (vendas de ativos) a que o "Barça" recorreu no passado para obter liquidez financeira e registar jogadores na LaLiga.
A concluir, Hoeness reforçou: "Os rigorosos regulamentos alemães de licenças e a pressão das auditorias paralisariam de imediato um clube com uma dívida de 1300 milhões de euros".

