ECA aplaude "rejeição dos esforços que prejudicam as fundações do futebol europeu"
A Associação de Clubes Europeus, presidida por Nasser Al-Khelaifi, congratulou-se com a consideração de um advogado do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre o caso apresentado pelo trio defensor da Superliga Europeia.
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A Associação de Clubes Europeus (ECA), liderada por Nasser Al-Khelaifi, também presidente do PSG, reagiu esta quinta-feira com muito agrado à consideração de Athanasios Rantos, advogado do Tribunal de Justiça da União Europeia, sobre o caso apresentado pelo trio defensor da criação da Superliga Europeia.
Recorde-se que, em julho, Real Madrid, Barcelona e Juventus abriram um caso contra a FIFA e a UEFA que chegou ao Tribunal de Justiça da União Europeia, após o trio ter acusado os órgãos de abusos no domínio do mercado que diz respeito às competições europeias de futebol. É esperada uma decisão final em 2023.
Rantos explicou à agência AP que nada impede que uma competição fora da esfera da FIFA e da UEFA seja criada, mas os clubes que decidam integrar essa prova "não poderão continuar a participar em competições organizadas por estas federações sem o seu consentimento".
Assim sendo, caso ambos os órgãos decidam proibir os clubes integrantes de uma eventual Superliga Europeia de participarem nas provas que tutelam, não estará a ser cometida qualquer infração em termos de legislação europeia.
Ora, pouco depois de a consideração de Rantos ter sido publicada, a ECA congratulou-se por via de um comunicado, afirmando que o advogado "propõe uma clara rejeição dos esforços de alguns para prejudicar os fundamentos e o património histórico do futebol europeu".
A UEFA também reagiu de imediato ao parecer do advogado, mostrando-se satisfeita com o que considera ser um "passo animador para preservar a estrutura do governo dinâmico e democrático existente na pirâmide do futebol europeu.
"A opinião reforça o papel central das federações na proteção do desporto, defendendo os princípios fundamentais do mérito desportivo e do acesso aberto entre os nossos membros, para além de unir o futebol com responsabilidade partilhada e solidariedade", pode ler-se no comunicado.
É de frisar que a opinião do advogado não é uma garantia de que o julgamento será decidido de forma semelhante, mas nestes casos a norma é que isso aconteça.
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O comunicado da ECA na íntegra:
"O parecer emitido hoje pelo Advogado Geral do TJCE, Rantos, propõe uma clara rejeição dos esforços de alguns para prejudicar os fundamentos e o património histórico do futebol europeu para a maioria.
Enquanto organismo que representa quase 250 dos melhores clubes de futebol da Europa, a ECA é explícita na sua forte oposição aos poucos egoístas que procuram perturbar o futebol dos clubes europeus e prejudicar os valores que o sustentam. O parecer publicado hoje pelo Advogado-Geral Rantos reforça a oposição de longa data da ECA à SuperLiga Europeia e a qualquer projecto separatista.
A ECA representa a evolução responsável e progressiva do futebol e permanece firme na sua convicção de que, na Europa, isto deve ser alcançado em conjunto com a UEFA como o órgão governante legítimo, juntamente com outros intervenientes profissionais do futebol e instituições governamentais e europeias. Nos últimos anos, a ECA tem conseguido muitas reformas e progressos positivos enquanto trabalha em parceria com a UEFA e em benefício de todo o ecossistema do futebol europeu.
A ECA aguarda agora a decisão final do Tribunal e, entretanto, continuará a perseguir os melhores interesses de todos os nossos membros: os clubes que fazem do futebol de clubes europeus o melhor do Mundo".
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