"É como se os jogadores fossem ratos de laboratório, parece que já estou a ver..."

Plano conjunto aprovado por todas as entidades competentes - jogadores incluídos - para o recomeço da Premier League, o designado "Project Restart" ganhou na quarta.-feira mais um adversário: o internacional inglês Danny Rose. O lateral cedido pelo Tottenham ao Newcastle foi incisivo e queixou-se de que os jogadores estão a ser tratados como "ratos de laboratório", alegando que a saúde dos atletas está a ser colocada em causa.

"Não vou estar a arriscar a minha saúde para entretenimento de outras pessoas. Honestamente, não é algo em que eu me queira envolver", declarou o defensor, que logo depois rematou com um desabafo:

"Basicamente, há pessoas que querem o futebol de volta e estão a fazer experiências, como se os jogadores fossem ratos de laboratório. Até parece que já estou a ver as pessoas em casa a dizerem que devemos voltar, até porque ganhamos muito dinheiro. Não vale a pena este risco."

O defesa-esquerdo junta-se a outras vozes bem audíveis nos protestos durante a última semana, casos de Mark Noble, capitão do West Ham, e Troy Deeney, o líder em campo do Watford. Curiosamente, foi mesmo neste último emblema das cercanias de Londres que surgiram três dos seis casos positivos. Ontem, o Watford reconheceu que só no seu "staff" foram detetados três dos casos em questão. Um deles foi Mariappa, defesa jamaicano que afirmou ao "Telegraph":

"Como é possível eu estar infetado? Segui as instruções, mal saí de casa e levo uma vida pacata. Isto é assustador." Poucas horas antes, o Burnley também admitiu que Ian Woan, seu treinador-adjunto, testara positivo.