Depois das críticas de Dugarry à falta de qualidade do futebol do Mónaco, o L'Équipe perguntou a vários presidentes de clubes da liga principal francesa se partilham dessa opinião.
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Depois do nulo no campeonato, no fim de semana, Paris Saint-Germain e Mónaco voltam a defrontar-se, esta quarta-feira, nos quartos de final da Taça de França, ainda com os ecos da polémica desencadeada pelos comentários depreciativos de Dugarry relativamente ao futebol da equipa orientada por Leonardo Jardim. O antigo internacional francês e atual comentador televisivo afirmou que ver o Mónaco "é sempre um aborrecimento de morte", mas, os presidentes do escalão principal, consultados pelo diário desportivo L'Équipe, não partilham deste desdém pelo trabalho do treinador português.
Alguns ficam mesmo espantados por ver posto em causa o treinador que, poucos dias antes do nulo com o PSG, quase garantira a qualificação do Mónaco para os quartos de final da Liga dos Campeões com uma vitória expressiva sobre o Arsenal (3-1), em Londres. "Para um presidente, o ideal é ter bons resultados e um bom futebol, mas, o principal são os resultados", resumiu Jean-Louis Triaud, presidente do Bordéus: "Um treinador que ganha é sempre um bom treinador. Um bom técnico é aquele que o faz com aquilo que tem. Creio ser esse o caso de Leonardo Jardim. A forma de jogar do Mónaco não é uma escolha inicial dele. Quis algo mais atrativo, mas, percebeu depressa que não ia a lado nenhum com essa filosofia. Aprecio essa capacidade de adaptação, de inovação. Nunca percebi os treinadores que garantem estar dispostos a morrer com as ideias deles. Eu prefiro alguém que queira sobreviver".
O presidente do Lille, Michel Seidoux, recorda que "os treinadores que produzem um futebol espetacular trabalham nos países que têm dinheiro".