O conselho da FIFA decidiu convocar uma cimeira para 20 de dezembro para o novo calendário internacional a partir de 2023, em que um dos pontos polémicos é a passagem do Mundial para bienal.
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Tiago Craveiro, CEO da FPF, propôs à FIFA que considere proibir as seleções de participarem em Mundiais consecutivos, caso se torne bienal. Os detalhes são ainda desconhecidos, mas tal significaria que, para cada seleção, o Mundial continuaria quadrienal. "Acolhi a proposta do Tiago, para dizer que precisamos de mais participação e que, bem, talvez haja forma de fazer isso tendo dois Mundiais, mas não com as mesmas equipas. É algo que o setor técnico terá de estudar, mas certamente é algo que merece ser analisado com cuidado", disse Infantino.
Recorde-se que esta quarta-feira, na reunião do conselho da FIFA, o presidente Gianni Infantino reforçou a ideia de que se poderá "fazer algo para o bem comum do futebol", apesar de este ser "um debate bastante acalorado".
"Estamos a atuar de boa-fé, entendemos que pode haver opiniões divergentes, que isto desperta paixões, mas estou convencido de que em 20 de dezembro podemos apresentar uma solução. Vamos mudar alguma coisa se estivermos convencidos que pode beneficiar todos", disse ainda.
Infantino referiu que o conselho decidiu convocar uma cimeira para 20 de dezembro para o novo calendário internacional a partir de 2023, em que um dos pontos polémicos é a passagem do Mundial para bienal.
"Temos de ver se podemos organizar mais competições com sentido para os adeptos, sem acrescentar datas adicionais às que já temos, e devemos ser guiados pelas motivações desportivas, não as financeiras. Teremos de falar também de receitas para o mundo do futebol mas antes temos de fazer o que é correto para o futebol", destacou Infantino.
Segundo o dirigente, a FIFA "está a encarar a sua responsabilidade" e o mundo do futebol tem uma ocasião de melhorar. "Estamos a falar do futuro para que os nossos filhos continuem apaixonados por este jogo. Quando todos se ouvirem, deveremos alcançar uma conclusão para o futuro", acrescentou.
"A decisão não é minha, estou aqui para facilitar o debate, para que haja mudanças com benefício para todos. Se cooperarmos, vamos encontrar soluções positivas. A mudança é sempre difícil e cada um tem os seus próprios interesses, por isso faço um apelo para que todos mantenham a calma, sejamos racionais e razoáveis, para uma posição conjunta em 20 de dezembro", destacou Infantino.