Anders Dreyer e Sead Haksabanovic deixam o clube russo, depois das medidas anunciadas pela FIFA.
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Anders Dreyer, dinamarquês, e Sead Haksabanovic, montenegrino, suspenderam os respetivos contratos com o Rubin Kazan, informou o clube do principal escalão russo esta sexta-feira. Estes são os primeiros casos conhecidos que surgem na sequência das medidas tomadas pela FIFA devido à guerra na Ucrânia.
Segunda-feira passada, foi anunciado pelo organismo que rege o futebol mundial que os clubes de futebol vão ser autorizados a contratar imediatamente, mas somente até ao fim da presente época, até dois atletas inscritos nos campeonatos da Ucrânia e da Rússia.
Quanto aos profissionais ligados ao futebol russo, como é o caso de Dreyer e Haksabanovic, jogadores e treinadores "terão o direito de suspender unilateralmente os seus contratos de trabalho (...) até o final da temporada na Rússia", que é 30 de junho.
"Todos os contratos de trabalho de jogadores e treinadores estrangeiros com clubes filiados à Associação Ucraniana de Futebol (UAF) serão considerados automaticamente suspensos até o final da temporada na Ucrânia (30 de junho de 2022), sem a necessidade de qualquer ação das partes para este efeito", esclareceu, por outro lado, a FIFA.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,5 milhões de pessoas para os países vizinhos - o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 16.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
A ONU confirmou hoje pelo menos 564 mortos e 982 feridos civis.
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