"Diogo foi o estrangeiro mais britânico que conheci. Até o chamava 'MacJota'"
Andy Robertson e Caoimhin Kelleher estiveram no casamento de Diogo Jota e reagiram com muita tristeza à trágica morte do avançado internacional português do Liverpool e do irmão André Silva, na quinta-feira
Corpo do artigo
Andy Robertson e Caoimhin Kelleher foram colegas de Diogo Jota no Liverpool e tinham uma grande amizade com o avançado internacional português, tanto que marcaram presença no seu casamento, em junho.
Na sequência da trágica morte do avançado internacional português, de 28 anos, juntamente com o irmão André Silva, extremo do Penafiel, de 25, num acidente de viação em Espanha, o lateral-esquerdo escocês dos “reds” não escondeu a tristeza nas redes sociais e revelou alguns pormenores da sua relação com Jota.
“Aqueles em quem estou a pensar mais neste momento são a família. A perda deles é demasiado difícil de suportar. Lamento imenso que tenham perdido duas almas tão preciosas – o Diogo e o André. Quanto à equipa e ao clube, vamos tentar lidar com isto juntos... independentemente do tempo que demorar. Da minha parte, quero falar sobre o meu amigo. O meu companheiro. O tipo que eu amava e de quem vou sentir imensas saudades. Poderia falar sobre ele como jogador durante horas, mas nada disso parece importante neste momento. É o homem. A pessoa. Ele era um tipo tão bom. O melhor. Tão genuíno. Tão normal e verdadeiro. Cheio de amor pelas pessoas de quem gostava. Cheio de diversão. Ele foi o jogador estrangeiro mais britânico que já conheci. Costumávamos brincar que ele era realmente irlandês... Eu tentava reivindicá-lo como escocês, obviamente. Até o chamava ‘Diogo MacJota’. Víamos dardos juntos, desfrutávamos das corridas de cavalos. Ir a Cheltenham esta temporada foi um dos melhores momentos que tivemos. A última vez que o vi foi no dia mais feliz da sua vida: o dia do seu casamento. Quero lembrar-me do seu sorriso incessante naquele dia mágico. Do quanto ele transbordava amor pela sua esposa e família. Não consigo acreditar que estamos a dizer adeus. É muito cedo e dói muito. Mas obrigado por fazeres parte da minha vida, amigo, e por torná-la melhor. Adoro-te, Diogo”, escreveu.
Também Kelleher, guarda-redes irlandês que se transferiu recentemente do Liverpool para o Brentford, deixou um discurso emocionado nas suas redes sociais, despedindo-se do amigo Jota.
"Jots. Não acredito que estou a escrever isto agora e estou a ter dificuldade em expressar-me em palavras. Estou absolutamente devastado com esta notícia.Todos os meus pensamentos e condolências estão com a Rute e os seus três lindos filhos, e com a família do Diogo e do André. Foi um grande prazer ter-te conhecido ao longo destes anos e partilhar algumas memórias especiais dentro e, ainda mais, fora do campo. Tornaste-te um dos meus amigos mais próximos no futebol. Criámos laços através do desporto, assistindo a todos os jogos de futebol que encontrávamos, muitas vezes os jogos do teu irmão André no teu iPad. Fiquei surpreendido por um rapaz de Portugal gostar tanto de desportos como dardos, snooker e corridas de cavalos, e algumas das minhas melhores memórias são de nos rirmos a ver esses desportos contigo. Eras um homem de família divertido, genuíno, normal, com os pés no chão e amoroso, e sempre muito competitivo. Vou sentir falta do nosso ‘quiz’ pré-jogo. Sinto-me muito abençoado e grato por ter-te visto no teu dia mais feliz, o dia do teu casamento, e por ter podido partilhar esse dia contigo foi especial. Nunca vou esquecer. Eras profundamente amado por todos no clube, na cidade e em todo o mundo. Vai doer por muito tempo e vou sentir muito a tua falta, mas sinto-me muito sortudo por ter-te conhecido e por ter tido um amigo tão bom. Adoro-te, Diogo”, dedicou.