Dibu Martínez fala do insulto de Messi: "Que o 10 te diga 'és um filho de mil...', emociona-te!"
Emiliano "Dibu" Martínez concedeu entrevista ao canal Tyc Sports
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Sobre o comentário de De Paul sobre a melhor seleção argentina da história: "São opiniões. O De Paul não quis incomodar ninguém. Para mim, ainda não somos os melhores da história. Se repetirmos o que ganhámos, sim. Vencemos o Brasil no Maracanã, a Itália em Wembley e os últimos campeões [França] no Catar, não é para todos. Mas há um longo caminho a percorrer. Não ganhávamos todos os jogos por 3-0. Acabei de jogar 26 jogos na equipa nacional, Chiquito Romero jogou 100. Ainda tenho um longo caminho a percorrer, não posso dizer que sou o melhor."
Sobre "a defesa" do Mundial: "Foi uma jogada rápida e suja. Otamendi sai para o cabecear e a bola sobra para este tipo, Muani. Saé em diagonal, encurtei o espaço. Não tive pressa, porque se me apressasse, teria picado por cima de mim. Deixei-lhe um ângulo para ele escolher o poste próximo e estiquei a minha perna e o braço e rezei: 'Por favor, acerta-me. Na cara, não quero saber.' Eu queria que ele me acertasse. Estava tão tenso que a bola saltou para a frente. Foi tudo muito rápido porque depois saímos em contra-ataque e o Lautaro marcou. Não me apercebi do valor dessa defesa. Adoro vê-la."
Palavras de Messi nos festejos do Mundial: "Ele abraçou-me e disse um insulto que eu não vou dizer e 'fizeste-o outra vez'. As pessoas disseram que eu era a figura por salvar duas grandes penalidades, mas nada disso. Leo tinha realmente partido tudo naquele jogo. Tinham rematado duas vezes e marcado dois golos. Mas se vem o 10 e diz 'és um filho de mil...' Emociona-te!"
Celebração polémica no Mundial e mais calma no The Best: "Fiz isso na Copa América, e no Campeonato do Mundo foi uma aposta. Os rapazes disseram-me: 'Aposto que não te atreves'. A culpa é deles. Eu não me sinto orgulhoso. No The Best eu não o ia fazer, era outra coisa, estávamos todos de fato. A minha única missão era não chorar. O prémio foi um tributo à minha carreira. A tudo o que consegui desde que deixei Mar del Plata. Disse a Messi que estava apenas a viajar. Que se ele e Scaloni ganhassem, ele ficaria feliz. Eu ia comer de graça. Leo estava a rir-se e disse-me que nós os três tínhamos uma oportunidade. Ele foi muito humilde, como sempre."
O futuro da seleção da Argentina: "Tocámos o céu com as nossas mãos, mas agora temos de pensar no passo seguinte. Queremos ganhar mais e vamos por mais. O país merece mais alegrias. Agora temos de provar, jogo a jogo, que somos campeões. Quer seja contra o Panamá ou contra o Brasil, temos de mostrar às pessoas que têm de continuar a vir a cada jogo porque ainda temos fome."
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