O Peru quer cantar de galo, mas tudo joga contra ele. Até os desempenhos recentes de uma equipa canarinha que só perdeu uma vez nos últimos 30 jogos e que já não sofre um único golo há sete
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A cada onze jogos disputados contra o Brasil, o Peru ganha apenas um: essa é a média exata dos confrontos entre as duas seleções ao longo da história. Também em média, claro, o Escrete vence oito dessas partidas. Um balanço que não deixa dúvidas quanto ao grande favorito a sair hoje (21h00) vencedor da final de uma Copa América realizada em solo brasileiro, o que, teoricamente, claro, acentua ainda mais a probabilidade de um triunfo canarinho.
Por outro lado, as duas equipas já se defrontaram na fase de grupos desta prova e o desequilíbrio não poderia ter sido mais gritante: 5-0 para o Brasil com o jogo resolvido pouco depois da meia hora (3-0 aos 32"). É preciso ainda lembrar que a equipa treinada por Tite não sofre um único golo há sete jogos disputados e que nos últimos 30 só perdeu uma vez, quando foi eliminado pela Bélgica nos quartos de final do Mundial de 2018.
Brasil-Peru na final da Copa América. A partir das 21h00 e com transmissão em direto na Sport TV
É a frieza dos números. Para um matemático, nem seria preciso ir a jogo, tamanha a improbabilidade de haver outro vencedor que não os da casa. A realidade, porém, aconselha prudência. E por diversos fatores, como, por exemplo, o sempre badalado Maracanazo, histórica derrota caseira do Brasil frente ao Uruguai na final do Mundial de 1950. Será que podemos ter outro? A verdade é apenas uma: já lá vão quase 70 anos, mas o fantasma não deixa de pairar nestas ocasiões.
Por outro lado, na edição anterior a esta (2016) o Escrete foi eliminado na fase de grupos ao perder o jogo decisivo frente a este mesmo Peru, por 1-0. De um lado já lá estavam homens como Alisson, Dani Alves ou Philippe Coutinho e do outro nomes como Trauco, Cueva, Flores, o guarda-redes Gallese e, sobretudo, o avançado Paolo Guerrero. Um ponta de lança com 256 golos apontados na carreira, 43 dos quais no Flamengo. E neste mesmo Estádio do Maracanã já fez 12 vezes a festa do golo, o que o torna no homem mais temível de entre todos os incas. Para além de Carrillo, La Culebra, autor de duas assistências na vitória das meias-finais sobre o Chile.