"Desejo da medalha olímpica é maior que o da vingança"

O confronto entre Brasil e Alemanha promete, além de muita emoção, uma pressão extra sobre os donos da casa, que não esquecem o vexatório placar de 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014, em pleno Mineirão. Para Raí, ex-jogador da seleção brasileira e ídolo do Paris Saint-Germain, que esta sexta-feira conversou com jornalistas brasileiros e estrangeiros no Hotel Nissan Kicks, base da patrocinadora dos Jogos Rio 2016, a equipa do Brasil não começou bem as Olimpíadas, mas agora vive outro momento.

"A equipa evoluiu, encontrou-se em campo e agora está bem. Estou sentindo que essa é a hora do Brasil ganhar a medalha olímpica, mesmo que seja contra a Alemanha", disse, entre sorrisos. Sobre o vexame na Copa do Mundo, o fundador do projeto Gol de Letra lembra que, por conta daquele resultado, a autoestima do brasileiro ficou mexida, mas há algo mais importante em jogo. "Para essa final olímpica não existe vingança. O desejo da primeira medalha olímpica é, para os brasileiros, maior do que a vingança pelos 7 a 1", afirmou.

Quanto a Neymar, Raí é taxativo ao dizer que chegou o momento do atacante brasileiro assumir a liderança que possui na equipa.

"O rendimento dele não foi bom no início dos Jogos, talvez porque estivesse voltando de férias, sem ritmo. Mas, agora está entrosado e tem que assumir a responsabilidade de levar o time a conquistar esse desafio. É transformar a pressão em motivação", disse. Ao falar sobre o trabalho social que realiza com crianças e jovens através do projeto Gol de Letra, Raí lembrou que essa ajuda será ainda maior graças à construção de um novo prédio no Caju, bairro da Zona Portuária do Rio.

"Temos uma parceria com a Nissan há muitos anos e atendemos em torno de 2.000 crianças. Acabamos de assinar a ampliação dessa parceria, que nos permitirá a construção do prédio no Caju e o atendimento a mais 600 jovens, tanto na área educacional quanto esportiva", enfatizou.