Dembélé: "Trabalhei no duro pela equipa, a Bola de Ouro nunca foi um objetivo"
Dembélé diz que triunfos do PSG conduziram-no ao "trono" individual
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O futebolista francês Ousmane Dembélé admitiu hoje que a Bola de Ouro "nunca foi um objetivo de carreira", considerando que a conquista do troféu foi o culminar de uma época coletivamente vitoriosa com o Paris Saint-Germain.
"Sempre trabalhei em equipa. A Bola de Ouro nunca foi um objetivo de carreira, mas, agora que a tenho, é algo incrível. Trabalhei no duro pela equipa, para podermos conquistar a Liga dos Campeões pela primeira vez, para podermos vencer a Liga [francesa] e a Taça [de França]", disse o extremo, de 28 anos, após suceder ao espanhol Rodri como vencedor do galardão.
Em 2024/25, Dembélé participou em 53 jogos pelo PSG, com 35 golos e 16 assistências, concluindo aquela que foi a sua melhor temporada a nível individual e durante a qual ajudou os parisienses a arrecadar quatro troféus: Liga dos Campeões, campeonato francês, Taça gaulesa e Supertaça de França.
"Culminar a época com um troféu individual é muito especial. Estou muito feliz e acredito plenamente que foram os troféus coletivos que me conduziram a este", disse o internacional gaulês, que deixou o espanhol Lamine Yamal, de 18 anos, no segundo lugar e o médio português Vitinha, seu companheiro de equipa no PSG, no terceiro. Nuno Mendes e João Neves, ambos igualmente dos parisienses, ficaram na 10.ª e 19.ª posições, respetivamente.
Dembélé fez questão de enaltecer o treinador do PSG, o espanhol Luis Enrique, considerando-o como "um pai", e voltaria a emocionar-se quando a sua mãe foi chamada ao palco: "A minha mãe está sempre aqui para mim".
Por seu lado, Aitana Bonmatí confessou que, ao subir pelo terceiro ano seguido ao palco para receber o galardão de melhor jogadora do mundo, já não sabia bem o que dizer, admitindo que qualquer uma das nomeadas poderia ser consagrada.
"É a terceira vez seguida, já não sei o que dizer. Muito obrigado à France Football por este prémio, que poderia ter sido de qualquer uma das outras nomeadas. Se pudesse, dividiria este prémio com todas", disse a internacional espanhola, agradecendo ao FC Barcelona, o clube da sua "vida", ao serviço do qual já tinha arrecadado o "Ballon d"Or" em 2023 e 2024.
O compatriota Luis Enrique sucedeu ao italiano Carlo Ancelotti como o melhor treinador, depois de uma época histórica ao comando do Paris Saint-Germain, que só falhou o Mundial de clubes, ao perder na final com o Chelsea.
"Quero agradecer à minha família, a todos no PSG, aos jogadores, que tiveram um ano incrível, e a duas pessoas muito importantes: ao presidente Nasser Al-Khelaifi, que cuida muito da equipa, e particularmente a Luís Campos [português e conselheiro desportivo do PSG]. Lembro-me da primeira reunião que tivemos em minha casa e, desde então, temos uma relação especial", reagiu o técnico, através de uma mensagem em vídeo.
O vencedor do troféu Johann Cruyff, que não esteve presente na cerimónia por, à mesma hora, estar a comandar a PSG no "clássico" com o Marselha, dirigiu-se ainda a todos os vencedores, sublinhando que "é bonito receber um galardão individual", mas que o mais importante "é o reconhecimento dos adeptos das suas equipas e os que amam" o futebol.
Já a neerlandesa Sarina Wiegman, que conduziu a seleção de Inglaterra ao triunfo no último Europeu feminino, foi eleita a melhor treinadora, assinalando que a consagração "não é apenas um reconhecimento pessoal, mas também de todas as mulheres"