O antigo avançado do Benfica foi oficializado nesta terça-feira como reforço do Rayo Vallecano, depois de ter sido colocado a treinar à parte no Espanhol.
Corpo do artigo
Raúl De Tomás, antigo avançado do Benfica, foi esta terça-feira oficializado como reforço do Rayo Vallecano, após ter sido colocado a treinar à margem do restante plantel do Espanhol.
É de frisar que o internacional espanhol, de 27 anos, não vai poder ser inscrito na LaLiga até janeiro, pelo que não deverá ser chamado ao Mundial de 2022.
Após a oficialização da transferência, De Tomás publicou um comunicado nas redes sociais, no qual repudia a "campanha de ataques pessoais" que alega ser alvo e refere ter sido "desvalorizado" por Diego Mosquera e Diego Martínez, respetivamente, diretor desportivo e treinador do Espanhol.
15160594
O comunicado na íntegra:
"O mais importante: quero expressar a minha gratidão e o meu respeito à grande parte das fileiras do RCD Espanyol, desde os trabalhadores do clube, aos meus companheiros de equipa e, acima de tudo, aos adeptos, que sempre me demonstrou muito carinho e solidariedade, que jamais esquecerei. Vamos ficar mutuamente em dívida. Durante as duas temporadas e meia em que vesti, com o maior orgulho, a camisola do Espanyol, tentei dedicar todas as minhas forças e toda a minha vontade para me entregar de corpo e alma a esta equipa, sem me importar com a categoria ou a situação na tabela classificativa. O resultado do meu esforço está aí presente e seria pretensioso da minha parte sair lembrando-o; Chegam as consequências que teve para o bem do clube e a para a satisfação dos adeptos. Quanto àqueles que se aproveitaram do meu silêncio para servir os seus interesses pessoais, de forma mesquinha e covarde, usando-o também como uma cortina de fumo para encobrir uma gestão técnica infeliz, deveriam ter que responder pelos seus atos, sem se esconderem atrás de mim. Da mesma forma que devem ser eles a explicar o motivo do esforço para me expulsar de uma equipa que eu considerava a minha própria casa, lançando uma campanha desproporcional de ataques pessoais que não desejo a ninguém.
"Tenho na estima que merecem Diego Catoira Mosquera e Diego Martínez Penas, atuais diretor desportivo e treinador, respetivamente, do RCD Espanyol; os seus méritos profissionais e o seu historial precedem-nos e trazem-lhes valor, creio. Eles têm as suas razões para me terem encurralado e desvalorizado, ainda que não os vá questionar publicamente. Sei bem que a disciplina, a fidelidade e a obediência são valores básicos para qualquer desportista, foi assim que me ensinaram desde criança e não vou desobedecer agora. Por isso, aceito sem crítica alguma a determinação com que tentaram procurar uma saída digna e que me permitisse prosseguir a minha ilusão mais profunda, a de jogar e dar o meu melhor neste desporto. Uma ilusão que coloco acima da compensação económica, ou de qualquer outro tipo de vantagem: está à vista".
1569673649417748480
15160367