Corpo do artigo
Corpo e alma divididos entre Brasil e Portugal. Esse é o sentimento do engenheiro eletricista Alexandre Marcelo, de 39 anos, e de sua mulher, Ana Fernandes, de 30. Ele possui dupla nacionalidade e tem comparecido nos Jogos Olímpicos vestido com a camisola brasileira, mas leva sempre a bandeira portuguesa nas mãos. "Meu pai nasceu em Portugal e desde pequeno aprendi a amar aquele país. Também me sinto português", disse, ao sair de uma competição no Parque Olímpico.
Desde que os Jogos Rio 2016 começaram, Marcelo e Ana só não assistiram a uma prova na sexta-feira, dia 12. De resto, estiveram presentes todos os dias, dividindo-se entre o Engenhão, Deodoro e o Parque Olímpico, torcendo por brasileiros e portugueses. "Vimos ténis de mesa, futebol e até hóquei em campo, num dia de chuva, em Deodoro. Estamos a adorar", afirmou Ana, demonstrando entusiasmo.
Sobre as condições da Cidade Maravilhosa, ambos são categóricos ao afirmar que está tudo a funcionar "quase' a cem por cento. "Há segurança, transporte e até a falta de alimentação nos locais de competição foi resolvida. O regresso a casa de madrugada é que ainda está um pouco complicado", disse Ana. "As coisas estão melhorando aos poucos, à medida que os Jogos acontecem", completou o engenheiro, na sexta-feira, dia 12.