Cristiano Ronaldo: "Mundial? Já concretizei o sonho de ganhar algo pela Seleção"
Declarações de Cristiano Ronaldo ao Canal 11 no dia em que celebra 40 anos de idade
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Idealiza alguma data para terminar carreira? “Não estabeleço esses prazos, depende muito de como vives a tua vida, o futebol e o presente. De há uns para cá, como pai e ser humano, aprendi que não podemos fazer planos a longo prazo, só a curto. Tive experiências no futebol e ao nível pessoal que me dizem isso e o que importante é esta semana e este mês. O que Deus planeia para o futuro só ele sabe, eu não quero saber, só do momento”.
Jogadores de Seleção já falaram de lhe quererem dar o troféu que lhe falta, o Mundial: “Acho que não me falta nada. As pessoas dizem o que têm a dizer, mas já concretizei o sonho de ganhar algo pela Seleção e não seria justo dizer que me falta um Mundial. Estou muito orgulhoso do que conquistei no futebol, e se vier por acréscimo, ficarei muito feliz e orgulhoso, mas não vejo como uma meta. É viver o momento. Se gostava de jogar o Mundial, claro, mas ainda falta um ano e meio e, se estiver bem, em boa forma física e mental, e o míster quiser a minha ajuda, eu sei que sou sempre uma mais-valia e é viver o momento. Mas não escondo que gostava de jogá-lo”.
Primeira memoria do futebol: “Paixão. A primeira e a mais importante é a paixão, se não, não vale a pena andar nisto. Ter paixão pelo jogo e pelo que fazes é o que transmites às pessoas e tu vês que as pessoas têm paixão por ver o jogo, mas também por ver o Cris a jogar e de perto, é por isso que continuo a jogar. Essa paixão cresceu desde pequeno, mas é mais de ti, de ainda gostares do que já fazes há 20 e tal anos. Ainda gosto de treinar, claro que não é o mesmo que sentia com 20 anos, mas ainda gosto de fazer treinos de finalização. Às vezes dizem-me: ‘Ainda és fã? Ainda gostas disto?’ E eu sei que um dia vai acabar, quando não sei, mas ainda tenho essa paixão, mesmo jogando contra uma equipa que nunca joguei ainda senti essa adrenalina, aquela ‘suadeira’ antes do jogo. Por mais que já não precise do futebol ao nível financeiro e essas coisas, é a paixão que me move a jogar ainda mais um ou dois anos e estar na Seleção, mas sei que isto vai acabar um dia e depois sei que terei outro capitulo da minha vida nos meus 40, já fora do futebol”.