Corte salarial pode chegar até 20% nos casos de jogadores que auferem rendimentos mais elevados.
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Os sindicatos holandeses de futebolistas, VVCS e Propof, anunciaram hoje um "acordo histórico" com a tutela do futebol profissional para um corte nos salários dos jogadores até 1 de janeiro de 2021, que pode chegar aos 20%.
Na recomendação acordada, a redução seria aplicada de forma progressiva, de 2,5% para salários a partir dos 25.000 euros brutos anuais, e que poderia chegar aos 20% nos rendimentos mais elevados.
A esta posição uniu-se a associação de treinadores (CVB), profissionais que também podem vir a ser abrangidos pelos cortes, o que pouparia aos clubes holandeses uma verba na ordem dos 35 milhões de euros.
A iniciativa tenta trazer alguma sustentabilidade ao futebol profissional, com os clubes mais pequenos em sérias dificuldades depois de a Liga, suspensa desde meados de março, ter sido em abril oficialmente cancelada, devido à pandemia da covid-19.
"Vimos que em muitos países existiram ajustes salariais muito significativos aos jogadores. Em alguns casos, foram decisões unilaterais de clubes ou governo, com uma forte pressão social. Nos Países Baixos, conseguimos evitar isso", justificou o presidente do VVCS, Evgeniy Levchenko.