Clube da LaLiga criticado pelos adeptos: "Parece que vivemos no século XX"
O Rayo Vallecano é o único clube da LaLiga e do top-5 de Ligas europeias que não permite a compra online de bilhetes para os jogos
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O Rayo Vallecano, atual 14.º classificado da LaLiga, não tem vivido dias fáceis, já que só conseguiu uma vitória nos seus últimos 14 jogos, o que motivou inclusive a saída do treinador Francisco Rodríguez para a entrada de Inigo Pérez, na quarta-feira.
Nesse contexto, os adeptos da equipa já tinham poucos motivos para sorrir, mas existe outro aspeto que lhes tem provocado indignação há vários anos: o facto de o clube ser o único do campeonato e até do top-5 de Ligas europeias (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França) sem sistema online de venda de bilhetes.
“É como viver no século XX. Quando o clube nos avisou pelo Twitter que a venda de bilhetes seria hoje [quinta-feira às 11h, três dias antes do jogo com o Real Madrid], decidimos sair de casa às quatro da manhã para sermos os primeiros na fila. Levámos aqui sete horas”, reclamou um adepto ao jornal Marca.
“É uma brincadeira, não nos têm em conta. Tu não consegues organizar-te às 21h00 para vires aqui às 10h00 fazer fila. É um desastre total. As pessoas têm coisas para fazer, trabalhar, cuidar dos filhos... A maioria de nós não consegue esperar horas e horas na fila. É vergonhoso, a única coisa que querem é fazer dinheiro e esqueceram-se por completo de nós”, reclamou outro fã, visando a falta de tempo entre o anúncio e respetiva a abertura da bilheteira física do clube.
“Estivemos cinco horas na fila e certamente que nos esperam muitas mais. Só têm duas pessoas a trabalhar, por isso a fila avança muito devagar. Para te fazeres sócio é ainda pior, quando lançaram os bilhetes de época tivemos de esperar toda a noite na fila, acampámos aqui na rua”, revelou um adepto que, desta vez, chegou à fila às cinco da madrugada.
De resto, também a falta de condições do Estádio de Vallecas motiva críticas na massa adepta do clube: “Está a cair aos bocados. Não é renovado há muitos anos e a última foram quatro portas que demoraram dois anos. A bancada principal não está aberta há dois anos. Até o presidente sair, penso que não haverá uma solução.