Estalou a revolta em Itália e já decorre um inquérito
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"A Curva Norte representa para nós um espaço sagrado, um ambiente com um código não escrito que tem que ser respeitado. As primeiras dez filas, como sempre, são como trincheiras. Nas trincheiras, não permitimos mulheres, esposas e namoradas, por isso convidamo-las a ficarem da décima fila para trás. Os que escolhem o estádio como uma alternativa a um dia despreocupado ou a uma jornada romântica nos Villa Borghese [jardins em Roma], deve ir para outros setores."
Este foi o comunicado assinado por líderes dos Irriducibili, claque mais radical da Lázio, e distribuído no Estádio Olímpico de Roma, na primeira jornada do campeonato.
A polémica e a revolta estalaram de imediato em Itália, com o clube romano a ser o primeiro a demarcar-se da posição dos ultras.
"O clube é contra qualquer forma de discriminação. Há um enorme número de adeptos da Lázio e isto é uma iniciativa de algumas pessoas", afirmou Arturo Diaconale, porta-voz da Lázio.
Através das câmaras de vigilância do estádio foi possível identificar os indivíduos que distribuíram os panfletos e a Federação Italiana de Futebol já abriu um inquérito.
Esta está longe de ser a primeira polémica protagonizada pela claque da Lázio. Na última temporada, recorde-se, foram espalhadas pelas bancadas do Estádio Olímpico imagens com o rosto de Anne Frank vestida com uma camisola do Roma, grande rival da Lázio. O clube foi sancionado em 50 mil euros e, nas jornadas seguintes, foram lidos excertos do Diário de Anne Frank antes dos jogos da Serie A.
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