Chuvada de milhões: vencedor da próxima Champions pode arrecadar cerca de 200 M€
No ciclo entre 2024/25 e 2026/27, o vencedor da competição pode auferir uma quantia próxima dos 200 M€. A UEFA abre os cordões à bolsa com a nova fórmula
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O vencedor da Liga dos Campeões da próxima época pode arrecadar um bolo total de cerca de 200 milhões de euros. Não é engano. É mesmo esse o valor previsto pela nova fórmula de receitas desenhada pela UEFA, englobando prémios de participação, resultados, market pool, ranking histórico e bilheteiras.
É já em 2024/25 que tem início o novo formato da prova (cada vez mais) milionária, com a participação de 36 equipas, ao contrário das atuais 32. A fase de grupos atual, de oito com quatro equipas cada, também termina, passando a existir um só grupo de 36 equipas.
Os oitos primeiros passam aos oitavos de final, com os restantes oito a serem definidos num play-off entre as equipas que se classifiquem do nono ao 24.ª lugar. Já as restantes formações são eliminadas.
Segundo explicou o jornal “La Gazzetta dello Sport”, no novo ciclo de três anos (2024/25 a 2026/27) o prémio de participação para cada clube pode crescer para cerca de 20 milhões, ao contrário dos atuais 15,6. Mas também há subtrações. O bolo total cresce, mas, por exemplo, diminui o valor de cada vitória e de cada empate: enquanto agora as equipas recebem 2,8 milhões por cada triunfo e 900 mil euros por empate, na nova época vão receber 2,1 M€ e 700 mil, respetivamente.
O apuramento para os “oitavos” sobe de 9,6 para 11 milhões, enquanto a chegada aos “quartos” renderá 12,5 M€, ao contrário dos atuais 10,6. E assim sucessivamente.
Em termos globais, para o referido triénio, o valor relativo ao market pool (elaborado a partir das audiências televisivas) e ao ranking histórico dos clubes vai rondar os 850 milhões de euros, ou seja, menos 50 M€ do que atualmente. Já para os prémios de participação a UEFA reserva 670 M€ (mais 170 M€) e para premiar os resultados desportivos o bolo será de 950 milhões de euros (mais 350 M€).
Superliga pede fortuna à UEFA
A entidade organizadora da Superliga (prova ainda em embrião) está a equacionar um pedido de indemnização de 3,5 mil milhões de euros à UEFA por sentir-se prejudicada pelo organismo no desenvolvimento da prova, conforme inicialmente programada.
Designadamente pelo atraso da competição, que eventualmente só pode arrancar em 2025/26. A queixa surge na sequência de uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que considerou que a UEFA abusa da posição dominante que tem no futebol europeu.