O avião em que a equipa brasileira viajava rumo à final da Taça Sul-Americana, a 29 de novembro de 2016, despenhou-se perto de Medellín (Colômbia). A Chape já alcançou 28 acordos judiciais e 17 extrajudiciais, mas ainda responde por 28 ações judiciais. Fala em pedir "apoio da sociedade"
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A Chapecoense acaba de descer à Série B do Brasil e com isso está a colocar em causa o pagamento de inúmeros acordos indemnizatórios que já alcançou e dos 28 judiciais que ainda tenta resolver. Recorde-se que o avião em que a equipa viajava para a final da Taça Sul-Americana contra o Atlético Nacional despenhou-se faz hoje três anos (a 29 de novembro de 2016), perto de Medellín (Colômbia), provocando 71 vítimas mortais.
O clube, responsável pela contratação do voo através da empresa LaMia, está ainda a contas com os tais 28 processos, que podem aumentar quando os filhos dos funcionários e atletas que faleceram no desastre cumprirem 18 anos (só aí estes podem mover ações contra o clube na justiça). A Chapecoense já alcançou 28 acordos judiciais e 17 extrajudiciais, mantendo a intenção de resolver os que faltam. Mas a descida de divisão vai levar a uma quebra significativa nas receitas, sendo que já há atrasos salariais no atual plantel. Para agravar a situação, os acordos têm penalizações de 30% em caso de não pagamento, o que deixa o clube numa situação crítica.
Ilan Bortoluzzi Nazário, vice-presidente jurídico da Chapecoense, falou em procurar ajuda, mas mostrou-se esperançado: "O rebaixamento diminuiu a entrada de valores, contudo, não altera nossa programação e aquilo que pactuámos. Faremos todo o esforço necessário para cumprir e acertar aqueles que faltam. Buscaremos apoio de toda a sociedade para isto e temos convicção de que conseguiremos."