CEO do Shakhtar Donetsk: "A maior vitória será ganhar esta guerra pela independência"
Dirigente do clube da Ucrânia dirigiu uma mensagem de motivação às tropas do país que combatem os russos e solicitou a ajuda das entidades políticas e até desportivas
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Em discurso emotivo, e notoriamente abalado pela invasão da Rússia à Ucrânia, o CEO do Shakhtar Donetsk, Sergei Palkin, como que apelou à resistência ucraniana para vencer o inimigo, triunfo esse que, exalta, será a "maior vitória na minha vida".
"Só unindo forças poderemos derrotar esta loucura. Juntos, suportaremos e venceremos. Vivi momentos brilhantes com o Shakhtar, mas, pessoalmente, a maior vitória na minha vida será ganhar esta guerra pela independência da Ucrânia", disse o dirigente de um dos principais clubes ucranianos, citado pelo "The Guardian".
Não obstante esta invasão à Ucrânia, que paralisou o funcionamento da maioria das atividades do país, levando de arrasto o futebol, o Shakhtar Donetsk foi particularmente afetado aquando da apropriação russa da Crimeia em 2014.
Desde então, o clube da I Liga ucraniana, que se retirou da cidade de Donetsk por motivos de segurança, tem disputado jogos na condição de visitado em Lviv, Kharkiv e, inclusive, Kiev, capital do país do leste da Europa.
Volvidos oito anos, o exército russo leva a cabo uma "maciça" ofensiva militar à Ucrânia, ato bélico que deixa Sergei Palkin quase estupefacto. O CEO do Shakhtar Donetsk solicitou a ajuda das entidades políticas e até desportivas.
"As pessoas estão a ser mortas. Não há palavras para descrever o que está a acontecer. A comunidade global tem de acabar com isto o mais depressa possível. (...) Apelo aos clubes com quem jogámos, bem como à UEFA e a dezenas de milhões de adeptos, para que deem o máximo apoio à Ucrânia", acrescentou Palkin.
O dirigente revelou ao "The Guardian" que se localiza em Kiev, tal como os funcionários e jogadores do emblema ucraniano, estes em abrigos, com os quais estabelece contacto diário, e está a colaborar para garantir a fuga do país a atletas estrangeiros.
"O pessoal do clube permanece em abrigos anti-bombas, caves, estações de metro. Mesmo ali, onde é mais seguro. Neste momento, não há baixas entre o pessoal do clube e suas famílias. Tentamos manter a comunicação interna, trocar informações, apoiarmo-nos uns aos outros", completou Sergei Palkin ao jornal inglês.