Carvalhal não confirma saída e puxa dos galões: "Não acredito que muitos treinadores fizessem melhor"
Swansea parte para a última jornada em zona de despromoção e a precisar de um milagre
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Carlos Carvalhal entrou na conferência de imprensa ao ataque contra os que têm criticado os últimos jogos do Swansea. O treinador português pediu a palavra antes das perguntas e fez a contabilidade à época dos galeses, lembrando sempre que a equipa ainda não está despromovida e que o seu futuro no clube não está decidido. "Só vou falar com o presidente no final da época. As notícias que surgiram são especulação. Falaremos domingo ou segunda-feira. Ainda temos hipóteses de ficar na Premier League. Mas vou sempre querer saber se estão contentes com o meu trabalho ou não. Não começámos a época aqui. Na Premier League fizemos 17 jogos, antes de nós houve 20. Antes de chegarmos o clube venceu 3 jogos, depois foram 5. Perdemos só 7 jogos, e antes foram 13. Marcámos mais 6 golos e sofremos menos oito golos. Fizemos 20 pontos e quando chegámos a equipa tinha 13 pontos. Nos 17 jogos que fizemos estamos no meio da tabela, isto desde que chegámos. Fizemos o nosso melhor numa situação que não era fácil desde o principio. Foi-nos muito difícil conseguir jogadores, presidente tentou, os investidores tentaram, mas a realidade é que os jogadores não quiseram vir porque Swansea era último e ninguém acreditava em nós. Lutámos, melhorámos jogadores. O Renato Sanches estava a jogar melhor, mas perdemos alguns jogadores por lesão, o que tornou as coisas mais difíceis. Nunca nos queixámos, fomos à luta e conseguimos pontos. Não estamos numa boa posição, dependemos de outros, mas tentámos fazer o nosso papel, mas o problema, para mim, não está nos meus 20 pontos, mas nos 13 pontos conseguidos antes. Numa maratona temos de ganhar pontos sempre que possível e
penso que fizemos o nosso melhor, demos o nosso melhor. Os adeptos foram fantásticos e foi tudo positivo. Ficámos apenas com a sensação que, com mais jogos, teríamos feito mais. Não estamos despromovidos, mas é preciso um milagre, sabemos isso."
Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de acontecer mesmo o milagre que anule a diferença de golos entre o Southampton e o Swansea, Carvalhal mostrou-se cauteloso. "Se o Southampton jogasse contra outra equipa diria que era impossível. Mas num jogo com o Manchester City eles tudo é possível. Não está nas nossas mãos, porém. Vamos tentar ganhar o nosso jogo e se pudermos marcar muito golos melhor. Temos de tentar ganhar primeiro, respeitar o adversário
depois vamos ver o que vamos fazer no jogo. Não vamos jogar sozinhos."
Os últimos jogos foram fatais para o destino dos galeses, mas Carvalhal prefere falar do percurso global desde que chegou aoc lbue. "Não foi por estes jogos que estamos aqui. Temos de analisar a época toda. Não olho apenas para os útlimos jogos,
o meu caminho aqui são 17 jogos. No início criámos dinâmica e surpreendemos os adversários, depois a surpresa desapareceu. Tornou-se num desafio jogar contra nós. Na realidade a maioria das equipas são melhores que nós. Fizemos o possível e não acredito que muitos treinadores fizessem melhor do que nós fizemos. É a minha opinião."