Carrick revela: "Sofri de depressão durante dois anos depois da derrota com o Barcelona"

Michael Carrick abriu o livro em entrevista ao jornal The Times e revelou que o período mais negro da sua vida começou depois da derrota por 2-0 diante do Barcelona, na final da Liga dos Campeões em 2008/09.

O antigo capitão do Manchester United confessou que a derrota em Roma atirou-o para uma depressão profunda que durou dois anos, durante a qual ponderou abandonar o futebol. "Foi o ponto mais baixo da minha carreira, sem sombra de dúvidas. Nem sei bem porquê. Pensava que me tinha desiludido e desiludido os outros no jogo mais importante da minha carreira. Tinha conquistado a Liga dos Campeões na época passada, mas isso era irrelevante", afirmou.

"Senti-me extremamente deprimido. Sei que era depressão porque não foi algo passageiro. Sentia-me mal após alguns jogos, mas aquilo era diferente, não me conseguia livrar daquela tristeza", recordou.

O antigo internacional inglês revela que tudo começou depois do apito final daquele jogo em maio de 2009, com Carrick a repetir a imagem do erro que deu o primeiro golo da partida ao Barcelona. "Culpei-me por aquele golo. Perguntava-me a toda a hora: 'porque é que fiz aquilo?'. Foi uma sensação que durou imenso tempo", confessou.

A depressão, revelou Carrick, também influenciou a presença no Mundial'2010, na África do Sul. "2010 foi o pior ano. Era o meu sonho estar presente num Mundial, mas a verdade é que não queria estar ali. Queria estar em casa. Dizia à minha mulher: 'já chega, quero ir para casa'. Não fui, mas era assim que me sentia", recordou.

O ex-capitão dos red devils terminou a carreira em maio de 2018 e integra agora a equipa técnica de José Mourinho.