Selecionador de Omã não vê problema em defender 89" frente aos EAU, desde que acabe vencedor. O veterano técnico luso considera que a pressão está do lado do adversário, que tem 12 naturalizados - entre os quais Caio Lucas, brasileiro ex-Benfica, e Rúben Canedo, português formado no FC Porto.
Corpo do artigo
Carlos Queiroz tem a seleção de Omã pronta para "dançar qualquer música" na verdadeira final deste sábado, diante dos Emirados Árabes Unidos. O conjunto orientado pelo veterano treinador português está obrigado a vencer para continuar a alimentar o sonho de uma presença inédita num campeonato do mundo - e mesmo esse desfecho pode não chegar, dependendo do resultado do anfitrião Catar ante o mesmo adversário na terça-feira -, e Queiroz garante estar preparado para qualquer cenário.
Leia também Mundial de Clubes poderá ter mais participantes e ser disputado na Europa em 2029
"Depois de todos estes anos, futebol para mim é a arte de ganhar. Se a música que estiver a ser jogada no jogo for rock & roll, eu não posso pôr a minha equipa a dançar outra música; se for valsa, a mesma coisa. Temos de dançar de acordo com o jogo que está ali à nossa frente", disparou o técnico de 72 anos, respondendo de forma ainda mais assertiva quando confrontado com os baixos índices de posse de bola da sua equipa no nulo com o Catar: "Se os meus jogadores tiverem de defender 89 minutos para ganhar o jogo num minuto, isso é a arte de ganhar, é futebol. Porque amanhã ninguém quer saber da exibição, mas sim do resultado. É isso que fica escrito nos livros. Há quem tente tornar isto muito intelectual, muito complicado, mas o futebol é um jogo simples.
"Os Emirados Árabes Unidos contam com 12 jogadores naturalizados: nove brasileiros (entre os quais Caio Lucas, que passou de forma fugaz pelo Benfica em 2019/20), um argentino, um costa-marfinense e um português (Rúben Canedo, lateral-esquerdo de 23 anos formado no FC Porto). "São uma equipa de jogadores de nível internacional, e na minha opinião são a equipa favorita para ganhar o apuramento. A pressão está toda do lado deles, nós temos tudo a ganhar e nada a perder. Absolutamente nada", salientou Carlos Queiroz, que curiosamente treinou as três equipas do Grupo A: passou pelos Emirados Árabes Unidos em 1999 (dez vitórias, sete empates e duas derrotas) e orientou o Catar entre fevereiro e dezembro de 2023 (quatro vitórias, três empates e quatro derrotas), indo agora para o segundo jogo ao comando de Omã.