Candidato do Unidas Podemos acusa jogador de ser neonazi e o Albacete sai em sua defesa

Pablo Iglesias, candidato às eleições gerais de Espanha (28 de abril) pela coligação Unidas Podemos, deu uma entrevista à Marca na qual aborda temas polémicos do desporto como a sexualidade dos atletas ("Como é que é possível que seja tão difícil que um futebolista saia do armário?", disse) ou as ideologias extremistas, acusando um jogador do Albacete, Roman Zozulya, de ser neo-nazi, referindo que não é aceitável que tenha sido contratado por um clube espanhol.

"Os adeptos do Rayo Vallecano deram um exemplo de compromisso democrático ao vetar Zozulya", atirou, recordando que antes de assinar pelo Albacete foi expulso de outro emblema pelos seus adeptos. Antes de se mudar para Espanha, o avançado de 29 anos esteve ligado a grupos paramilitares nacionalistas ucranianos, como o poderoso "Batalhão Azov" ou o "Pravy Sektor", com ideologias de extrema direita, algo que Zozulya sempre negou, afirmando ser apenas um nacionalista a defender o seu país, nomeadamente contra a Rússia.

"Soa terrível se dizemos que foi vetado por questões ideológicas. Seria razoável que na Alemanha contratassem um jogador que faz a saudação nazi ou leva uma suástica tatuada? No caso do Zozulya não falamos de um futebolista com uma opção ideológica qualquer, falamos de um neonazi", atirou Pablo Iglesias.

O Albacete já manifestou "apoio unânime a Roman Zozulya, cujo comportamento como integrante do clube foi exemplar quer no balneário quer no apoio a projetos sociais" e colocou os seus serviços jurídicos à disposição do jogador. De acordo com a Imprensa espanhola, curiosamente o melhor amigo de Zozulya no balneário é o francês de raça negra Jeremie Bela.