Capitão do Manchester City recordou a forma como não aplaudiu o campeão Liverpool durante uma guarda de honra no Etihad em 2020
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Designado capitão do Manchester City após a saída de Kevin de Bruyne para o Nápoles, Bernardo Silva frisou esta quarta-feira que o clube inglês recuperarou a fome de títulos após uma época em que fechou a Premier League na terceira posição, a 13 pontos do campeão Liverpool, não dando luta aos “reds” depois de um tetracampeonato.
Em entrevista ao Daily Mail, o médio internacional português, de 31 anos, falou ainda sobre a forma como pretende liderar um balneário que, desde a sua chegada aos “citizens”, em 2017, venceu todos os títulos possíveis, incluindo a primeira Liga dos Campeões da sua história em 2023.
“Não é uma questão de ganhar ou perder, é de competir pelo título. Nem sequer tentámos [na época passada]. Penso que em termos emocionais, estamos definitivamente de volta. Em termos de voltarmos a ter fome, estamos de volta. Odeio perder e tenho de ser direto. Penso que a experiência [da temporada anterior] foi positiva porque, primeiro que tudo, aprendemos a apreciar o que fizemos no passado, que não é normal. Seis títulos [da Premier League] em sete é ridículo. Provavelmente não voltará a acontecer”, apontou, acrescentando: “Eu diria que existe muita culpa nos jogadores, no treinador e em toda a gente, porque não termos feito o nosso melhor para ultrapassar esta situação. Queremos que as coisas voltem à normalidade e o normal neste clube é que lute por todos os títulos”.
Inspirado na liderança de Cristiano Ronaldo (na Seleção Nacional), Radamel Falcao (no Mónaco), Fernandinho, Vincent Kompany, de Bruyne e Ilkay Gundogan (no City), Bernardo falou também sobre o tipo de capitão que pretende ser no Etihad.
“Penso que a maior tarefa, não só minha mas de todos os capitães, é criar o equilíbrio certo no balneário. Diria que um equilíbrio certo é bom comportamento e respeito, em termos de chegares a horas, estares bem nos treinos e dares o teu melhor pelo clube. E que não procures atalhos nem tentes fugir ao teu trabalho. É nesses momentos que aprendes definitivamente com quem podes ir à guerra e com quem não. Espero que [a época 2024/25] tenha sido uma boa lição para nós”, apontou.
Noutro tópico, o médio também comentou a polémica que protagonizou em 2020 ao não ter aplaudido o também então campeão inglês Liverpool numa guarda de honra realizada pelo City no Etihad, com Bernardo a explicar essa decisão.
“[A guarda de honra] Não é uma tradição para mim, em Portugal. Penso que, quando ganho um título, não preciso que aplaudam por mim. De certa forma, na minha opinião, é um pouco uma hipocrisia, mas se as pessoas querem fazê-lo, tudo bem, podem fazê-lo. Eu não aplaudi o Liverpool porque não é assim que celebro derrotas”, rematou.