"As três referências do Flamengo não estiveram ao nível deles"

Como se sente por ser o segundo melhor treinador do mundo: "Queria sentir-me como o primeiro, mas a tua vida desportiva é feita por títulos e por vitórias. Não há derrotas morais. Isso não conta nem para o presente nem para o futuro. Agora também digo, porque já disse aos meus jogadores, que senti um grande orgulho de ser treinador deles. Porque perdemos, mas não perdemos em nada para a equipa do Liverpool, a não ser o resultado. Fomos tão bons como eles, fomos uma equipa que procurámos ser iguais a nós próprios, fomos uma equipa que, em termos de sistema tático, fomos mais atrevidos. É a história do treinador. O treinador é qualificado se ganha ou se perde. Hoje o Flamengo podia ter feito algo inesquecível, mas não deixa de ter feito algo brilhante. Não ganhou, mas jogou para ganhar. Parabéns ao Liverpool e não me canso de dizer, parabéns ao Flamengo".

Diferença entre as equipas europeias e o Flamengo. Ideia ou dinheiro?: "É as duas coisas. A ideia foi perfeita ao longo dos sete meses, onde os jogadores a partilharam. Hoje foi a prova dessa mesma qualidade, a forma como esta equipa joga e este foi um teste ao futebol brasileiro. Foi um teste a uma equipa que não está na Europa e um teste, pela positiva, onde foi demonstrado que, com uma boa organização tática, com jogadores de qualidade, consegues fazer uma grande equipa. Hoje o Flamengo não precisou de ter grandes referências ao nível alto. Porque as três referências não estiveram ao nível deles, porque se estivessem o Flamengo ainda era mais forte. A minha satisfação é demonstrar que as melhores equipas do Brasil podem ombrear com as melhores equipas da Europa".