Palavras do técnico português após a goleada imposta ao Flamengo (4-1) no Brasileirão
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Após ter goleado o rival Flamengo por 4-1, Artur Jorge, técnico português do Botafogo, que subiu à liderança provisória do Brasileirão à 23.ª jornada, descartou que esta tenha sido a melhor versão do “Fogão”, assumindo ainda estar a pensar na segunda mão dos oitavos de final da Taça Libertadores, em casa do Palmeiras, de Abel Ferreira, depois de ter vencido o primeiro jogo por 2-1.
“Não acho que esta seja a força máxima do Botafogo, vocês [jornalistas] avaliam o vosso trabalho e eu avalio o meu. Trabalhamos em cima de muitos contextos. Nós hoje jogámos com uma equipa que achámos que estava preparada para enfrentar o Flamengo. Hoje vamos começar a pensar no jogo do Palmeiras. Temos de ter a capacidade de responder, cada jogo tem a sua importância. Este era o jogo mais importante que tínhamos depois do jogo contra o Palmeiras e esta é uma vitória muito importante para nós, não só pelos três pontos, mas porque vencemos um rival que está muito próximo na classificação. Sobre o jogo, foi uma entrada muito forte do Botafogo, fizemos o golo muito cedo. Após o golo, ficámos um pouco mais desguardados em vez de continuarmos com nossa dinâmica e intensidade ofensiva”, começou por analisar, em conferência de imprensa.
“Acabámos, numa desatenção, sofrendo o golo e tivemos um jogo equilibrado nesse primeiro tempo. Tivemos um segundo tempo todo nosso, em que fizemos mais três golos, e tivemos oportunidades para fazer outros tantos. Faltou-nos, inclusive, eficácia nesta segunda parte. É uma vitória importante, uma vitória só, mas merecidamente conquistada por nós, pelo que foi o empenho, a competência, a entrega de todos os jogadores. Fizemos com que este resultado fosse merecido, porque também trabalhamos muito para isso”, apontou.
Já com olhos postos na visita ao “Verdão”, na madrugada de quinta-feira (1h30), Artur Jorge frisou que a equipa deve manter este nível nos próximos jogos decisivos da época, de forma a alcançar os objetivos que definiu.
“É verdade que tivemos um ascendente nestes jogos, em outros não tivemos. Temos de manter isto contra o Bahia, contra o Fortaleza, que são os próximos adversários. Temos que manter os pés no chão e objetividade no que fazemos. Os outros também têm os seus objetivos e as suas qualidades. A diferença entre as equipas é muito curta na pontuação. Nesse jogo [contra o Palmeiras], temos a vantagem e queremos classificar-nos. Temos a certeza de que não vamos negociar a ambição nem a combatividade. Se fizermos isso, ficamos mais perto de atingir o objetivo. Mas teremos pela frente um adversário fortíssimo que tem uma ambição natural de voltar a ganhar essa competição”, lançou, em jeito de conclusão.