<strong>ENTREVISTA (PARTE 2) - </strong>Enquanto líder do Sevilha, José Castro Carmona não fugiu à personalização e falou sobre alguns dos elementos que estão no clube e passaram por Portugal, de Gudelj a Julen Lopetegui...
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Elogios rasgados a vários profissionais, entre jogadores e técnico, que têm um passado no futebol português, sem esquecer Beto, um dos heróis da Liga Europa ganha ao Benfica, em 2014. "Só podia ser nossa", atirou.
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Rony Lopes: que estratégia para ele?
-O Rony leva pouco tempo de Sevilha, ainda não está, talvez, adaptado ao clube, ao nosso futebol, à nossa forma de jogar e de treinar. Falta, ainda assim, muito campeonato, por isso esperamos que seja um jogador importante.
Além de Daniel Carriço, Rony Lopes é o outro jogador português que figura no plantel do Sevilha. Mas o criativo só tem cinco jogos e 265 minutos
Fala-se de que pode ser emprestado...
-Não sei... É um jogador de grande qualidade e não o contratámos para ser emprestado, mas sim para que triunfe. Há que ter paciência, o plantel é grande, mas, quando começar a jogar, com a qualidade que tem, de certeza que vai ser um jogador importante.
E como se está a adaptar Gudelj?
-É um jogador importante, que tem o Fernando [ex-FC Porto] à sua frente, com muita experiência. Está, ainda assim, a fazer vários jogos, especialmente na Liga Europa. Acho que terá um futuro magnífico. Foi o que disse sobre o Rony: o plantel é muito grande, mas há muitos jogos pela frente.
Além de Daniel Carriço, Rony Lopes é o outro jogador português que figura no plantel do Sevilha. Mas o criativo só tem cinco jogos e 265 minutos
Óliver Torres é outro nome que diz muito ao futebol português e ainda há bem pouco tempo vimo-lo a festejar um penálti defendido contra a sua antiga equipa, o Atlético de Madrid...
-Sim! O Óliver é um jogador muito jovem, com muito futebol, e que começou a dar os primeiros passos em Portugal, no FC Porto. Tem uma qualidade extraordinária, e extraordinário também será o seu futuro. Vejam, por exemplo, os passes que tem feito para golos... Tem qualidade, é um grande profissional, é jovem e tem um caminho longo a percorrer. Os nossos adeptos serão o apoio perfeito para o ajudar a triunfar ainda mais.
E tudo isto com um treinador que também já passou por Portugal, Julen Lopetegui...
-Estamos muito contentes com ele: é um profissional íntegro, que não se verga, e muito direto. Teve a sorte de poder treinar no campeonato português...
Acha que foi mal compreendido em Portugal?
-Não perdeu muitos jogos com o FC Porto [n.d.r.: em 2014/15 perdeu cinco, num total de 52 disputados]. Foi depois selecionador espanhol, onde em 22 jogos ganhou 16 e empatou os outros seis, ou seja, não teve derrotas. Este ano, connosco, terá um papel extraordinário, porque é um treinador com muita qualidade e com muita vontade de ganhar.
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Recordemos a final que o Sevilha disputou e venceu com o Benfica na Liga Europa, em 2014. Beto foi decisivo nos penáltis...
-Foi uma Liga Europa diferente da outras. Passámos por muitas adversidades desde o início, contra muitas equipas, mas estava destinado ganharmos essa Liga Europa. Demos tudo, com uma paixão enorme e num percurso onde foram acontecendo coisas que nos fizeram sentir que iríamos vencer. Tudo acabou numa final contra o Benfica e não me incomoda reconhecer que eles tiveram melhores ocasiões de golo no tempo regulamentar, ainda que nós taticamente tenhamos estado muito bem. E, depois, o Beto ajudou-nos a conquistar um título que só podia ser nosso.
Ainda fala com ele?
-Sim! É um grande desportista, é um amigo extraordinário, que deixou uma grande marca em Sevilha.