Antonio Conte e as aspirações nerrazurri: "Existe uma equipa absolutamente dominante"
Corpo do artigo
O Inter atravessa a pior série de resultados até agora na temporada, ao não vencer há quatro jogos consecutivos para todas as competições. Na Serie A, campeonato que já não vence desde a época 2009/10, e que representa o principal objetivo do clube, está no oitavo lugar.
Este desempenho menos fulgurante por parte da equipa orientada por Antonio Conte, treinador do clube pela segunda época consecutiva, tem suscitado, recentemente, apreensão entre os adeptos nerrazzurri, ávidos de festejos, e críticas por parte dos analistas italianos.
Em entrevista à Gazzetta dello Sport, o técnico italiano argumentou em sua defesa e recorreu ao exemplo do caso do treinador Jurgen Klopp, do Liverpool, que demorou várias épocas até somar títulos em Inglaterra e advertiu que o domínio da Juventus é uma barreira difícil de ultrapassar.
"[Kloop] não ganhou nada nos primeiros quatro anos. Foi preciso tempo e ajustes importantes para construir uma equipa entre as maiores fortes do mundo [na Premier League]. Viemos [Inter] de anos que existe uma equipa absolutamente dominante em Itália. Quando isso acontece, essa equipa abre um enorme fosso face às outras", sustentou Conte.
Ademais, Antonio Conte explicou também que houve a necessidade de passar por um período de adaptação no clube italiano e garantiu que há melhorias face à época de estreia ao leme da equipa.
"Quando cheguei ao Inter, não conhecia nada. Nem as estruturas, nem o ambiente, nem os membros do clube. Demorei algum tempo a compreender e a fazer-me compreender. Agora sei tudo e é uma grande vantagem. Muita coisa mudou num ano (...) e estamos a melhorar", vincou.
Antonio Conte reiterou a dedicação e a vontade de vencer ao serviço dos nerrazzurri. "Vivo para o Inter 24 horas por dia, sem pausas, com o único objetivo de ajudar o clube", indicou.
Porém, o italiano, de 53 anos, não se vê livre do rótulo de treinador mais bem-pago da Serie A - aufere 12 milhões de euros líquidos por época, facto que o técnico relativizou, mas que serve de "arma de arremesso" para colocar em causa o custo/benefício do timoneiro.
"O que eu ganho é determinado pelo que fiz na minha carreira. Ninguém dá nada no futebol. Sei que há muita esperança porque estou aqui e aceito-a", observou Antonio Conte.
O segundo treinador mais bem pago no principal campeonato italiano é o português Paulo Fonseca, que recebe um salário incomparavelmente inferior na Roma: 2,5 milhões por cada temporada.