Jogador camaronês, que já representou Barcelona e Arsenal, saiu deprimido da Rússia.
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A experiência na Rússia não correu nada bem a Alex Song. O camaronês, que agora representa os suíços do Sion e já representou Barcelona e Arsenal, descreveu ao jornal The Telegraph o calvário que viveu ao serviço do Rubin Kazan.
Na entrevista, Song revelou que não recebeu a casa que lhe foi prometida e que teve de dormir nas instalações do clube. "Quando assinei disseram-me que me dariam uma casa imediatamente, mas depois passaram meses e não a tinha. No final, tiraram-me do hotel onde estava e tive que viver nas instalações do clube. No clube continuavam a dizer-me que tinha de esperar que a casa acabasse de ser construída, mas um dia falei com os empreiteiros encarregues do projeto e disseram-me que ninguém lhes tinha dito para avançarem", recordou o camaronês.
A má experiência no Rubin Kazan levou o camaronês a uma depressão profunda, apesar de afirmar que a cidade em si era "agradável". "Há bons restaurantes e as pessoas são afáveis, mas nunca saí porque não tinha amigos. Comia sempre nas instalações do clube e sempre sozinho. Estava a dar em maluco. Não chorava, mas estava muito stressado", revelou Song.
"Passava os dias sentado no meu quarto e nem sequer acendia a luz. Estava sempre no meu computador, sem televisão sequer porque não entendia uma palavra de russo. Toda a minha vida se baseava num computador, num telemóvel e isso não é saudável. Para ser honesto, nem sei por que é que não acendia as luzes", contou.
O calvário de Song piorou em setembro, altura em que foi afastado pelo clube. "Creio que queriam deixar de nos pagar. O clube dizia-me que o dinheiro ia acabar por entrar na minha conta, mas nunca aconteceu. Tinha hipotecas e mais gastos que tinha de continuar a pagar. Tinha uma hipoteca em Londres e o banco perguntava-me pelo dinheiro. Essa foi a pior parte", revelou, antes de informar o jornal inglês que acabou por receber a dívida de 9 milhões de euros por parte do Rubin Kazan antes de rumar à Suíça.