Al-Khelaifi volta a criticar Superliga: "Nadal e Federer nunca pediram uma liga fechada"

Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG
AFP
Depois da reunião entre a A22, a empresa que por de trás da Superliga Europeia, e os altos representantes do futebol europeu, na qual o projeto voltou a ser rejeitado, o presidente do PSG e da ECA voltou a criticar.
Depois de a Superliga Europeia ter sido novamente rejeitada pelos altos representantes do futebol europeu, desta vez na sequência de uma reunião organizada na terça-feira pela A22, a empresa por detrás do projeto, Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG e da ECA (Associação de Clubes Europeus), voltou a criticar o projeto.
"Infelizmente, como vimos ontem no nosso encontro com a A22, algumas pessoas continuam a tentar reescrever a história e dividir o futebol com apresentações e power-points. Para ser honesto, sinto-me triste por eles, ontem mostraram que não compreendem o futebol e o seu ecossistema", começou por dizer, tecendo comparações com o mundo do ténis.
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"Fala-se de Nadal e Federer. Tenho um pouco de experiência no ténis e deixem-me dizer-vos que Rafael [Nadal] e Roger [Federer] são dois dos maiores atletas da história do desporto. Isto não se deve ao facto de estarem sempre a jogar juntos. É porque eles trabalharam muito. Cada partida era importante, independentemente da classificação do adversário. Eles nunca pediram uma liga fechada com os melhores jogadores. Eles defenderam a família do ténis. Por favor, não usem os seus grandes nomes para justificarem os seus fracassos", pediu.
O presidente do campeão francês destacou ainda que a opinião dos adeptos deve ser mais valorizada, condenando quem coloca "interesses pessais" à frente dos interesses do desporto.
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"Na reunião de ontem, a voz dos grupos de adeptos foi ouvida a alto e bom som. Eles falaram do coração. O interesse próprio não tem lugar no futebol. E eu concordo plenamente. Não precisamos de demolir coisas para as reformar. Podemos fazer uma grande mudança positiva de dentro do sistema: a UEFA e a ECA já demonstraram isso no ano passado", concluiu.
