Tentativa de ataque mencionada no relatório de jogo do árbitro vale oito meses de castigo ao presidente.
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A primeira mão das meias-finais da Taça da Grécia entre AEK e Aris acabou favorável aos atenienses por 2-1, mas tem agora consequências para o futuro pelo relatório de jogo de Artur Soares Dias, árbitro dessa partida, que relata que as críticas por um penálti assinalado subiram de tom e que houve ameaças em zonas interditas.
A Federação Grega de Futebol aplicou penas pesadas ao AEK e ao seu presidente: ao clube de Hélder Lopes, Paulinho, André Simões e Nélson Oliveira foi dada uma punição de dois jogos à porta fechada quando as competições regressem; ao líder e magnata Dimitris Melissanidis foi imposta uma restrição de oito meses sem ir a estádios.
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Paulo Soares e Tiago Martins foram os árbitros assistentes e Pedro Mota o VAR e tudo começou quando Soares Dias assinalou uma grande penalidade que foi convertida por Bruno Gama, na altura dando o empate no jogo ao Aris. Dirigentes do AEK foram aos túneis de acesso aos balneários e "cresceram" para os portugueses, como descreve o relatório de Soares Dias: "Três a quatro adeptos da equipa da casa, sem acreditações ou com direito de estar naquela zona, tentaram atacar-nos, gritando "porquê penalti?", "não houve penalti", "vão-se f... todos"". Os incidentes, com agressão a um dos auxiliares de Soares Dias, foram presenciados pelo observador do jogo, Simeon Tzolakidis, que os relatou à Federação.
Casos destes são comuns na Grécia, porém, a Imprensa local assinala que a crispação já começara antes do encontro, pela revolta de alguns clubes com a escolha de árbitros estrangeiros para apitar os jogos da Taça.