Adjunto de Tuchel quebra silêncio sobre o despedimento no PSG: "Houve tensão"
Zsolt Low, adjunto de Tuchel no PSG, abordou o despedimento ocorrido em dezembro.
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Thomas Tuchel foi despedido do comando técnico do PSG e rendido no cargo por Mauricio Pochettino, oficializado ontem, sábado. Zsolt Low, adjunto do técnico alemão nos parisienses, explicou, ao Nezmeti Sport, da Hungria, os motivos que levaram ao divórcio entre as partes.
"Fomos surpreendidos, a 23 de dezembro, depois da vitória por 4-0 sobre o Estrasburgo, quando o Leonardo informou-nos que o Thomas não ia continuar. Depois de todas as dificuldades de 2020, de conseguirmos êxitos históricos para o clube, passar a fase de grupos da Liga dos Campeões e a lutar pela liderança em França... Parecia incompreensível. Tendo em conta todas as lesões que tivemos, e ainda o coronavírus, penso que foi um feito acabar o ano como acabámos", afirmou.
"É melhor agora, para uma despedida por cima e com a mochila cheia de boas recordações"
Zsolt Low abordou também o processo de construção do plantel e a relação com Leonardo. "Quem acompanha as notícias da equipa há algum tempo sabe que houve tensão entre o diretor desportivo e o treinador nos últimos meses. O mercado de transferências não foi como pretendíamos, com jogadores importantes a sair antes dos jogos importantes de agosto. Isto gerou tensão entre os dirigentes e o staff técnico, para além de que o diretor desportivo não partilhava as mesmas ideias que o treinador principal. Não posso entrar em detalhes, mas mas tinham ideias diferentes em muitas áreas e a diferença crescia com o tempo. Sejamos sinceros: esta relação não era sustentável a longo prazo. Mais tarde ou mais cedo o rendimento ia ressentir-se com isto. É melhor agora, para uma despedida por cima e com a mochila cheia de boas recordações", vincou.
A divergência de ideias com Leonardo fica clara no depoimento. Já com Al-Khelaifi, dono do PSG, pareceu diferente. "Temos uma relação muito boa com ele. Ele apreciou o nosso trabalho e os nossos resultados, mas quando trouxe o Leonardo para Paris, deu-lhe carta branca em tudo o que se refere ao campo desportivo. Foi ele quem decidiu. Al-Khelaifi escreveu-nos algumas vezes nos últimos dias, agradecendo-nos gentilmente pelo que fizemos pelo clube e enfatizando que conquistámos coisas históricas. Ele também disse que estava orgulhoso de nosso relacionamento a nível pessoal", explicou.
Já no que toca à despedida do plantel, explicou: "A este nível as relações interpessoais são raras", atirou. "Há muito dinheiro em jogo. O êxito desportivo é primordial e não se formam relações muito estreitas. As estrelas vivem numa bolha que não se abre muito para outros, e protegem a sua privacidade na medida do possível. . Mbappé, Verratti, Kimpembe ou Diallo escreveram para agradecer pelo trabalho realizado."
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