Central da Seleção Nacional terá 37 anos quando a prova se disputar e lembra que as contas do 23 podem mudar drasticamente num ano. Apreensão estende-se a Pepe, habitual parceiro no eixo defensivo
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Em entrevista à rádio BBC, José Fonte não falou apenas dos cortes salariais, mas também do adiamento do Europeu para 2021. O central, que terá 37 anos quando a prova se disputar, admite que a alteração de datas lhe trocou as voltas e que já não vê tão claro um lugar nos 23 eleitos de Fernando Santos. "Até estava em discussões com um 'fitness-coach' para me preparar da melhor forma no mês antes do Euro. Neste momento sinto-me bem, mas nunca sabemos o que vai acontecer no futuro. Daqui a um ano podem surgir novos jogadores e fica tudo no ar. Independentemente disso vou-me preparar bem. Tenho mais um ano no Lille e vou dar tudo o que tenho para ser convocado", salientou o central, cuja preocupação, diz, é partilhada por Pepe: "Ele terá 39 anos quando o Europeu for realizado e passa pelo mesmo. Secalhar até queria acabar a carreira em alta no Euro."
Garantindo, entre risos, que o único ponto positivo é permanecer campeão europeu por mais um ano, Fonte partilhou as emoções da história conquista em 2016. "O que mais me tocou foi ver toda a comunidade portuguesa em França tão feliz. A maioria dos portugueses trabalham muito e a vitória significou tudo para eles. Estavam sempre multidões no centro de estágio a toda a hora. Nessa noite foi incrível. Foi um momento muito especial. Quando vimos Cristiano lesionado pensaram que estava terminado, mas vi na face dos meus colegas que íamos ganhar contra tudo e contra todos", contou.
Por fim, o internacional português partilhou a experiência de trabalhar com Ronaldo na Seleção Nacional. "A primeira vez que me cruzei com o Ronaldo foi no Sporting. Ele tinha 15 anos e eu tinha 17, mas jogávamos na mesma equipa. Ele era muito talentoso e tinha muita técnica, Não era como é agora, porque ele tomou uma direção diferente quando percebeu que marcar era mais importante que driblar toda a gente. Sempre foi muito ambicioso e estava focado em ser o melhor e bater toda a gente. Trabalhou sempre no duro desde miúdo e é normal que ele tenha vencido o que venceu. É uma inspiração para todos. Aprendemos muito com ele na Seleção Nacional", revelou Fonte.
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