Acabou uma proibição no futebol dos Estados Unidos após morte de George Floyd

Morte de George Floyd originou uma onda de protestos
AFP
Federação de Futebol dos EUA revoga regra que proibia ajoelhar durante o hino.
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A Federação de Futebol dos Estados Unidos revogou uma regra que proibia, desde 2017, jogadores da seleção nacional de se ajoelharem durante o hino. O conselho de administração tomou essa decisão durante uma videoconferência na quarta-feira.
A proibição de ajoelhar durante o hino tinha sido imposta em fevereiro de 2017 depois de a jogadora de Megan Rapinoe se ter ajoelhado, replicando o gesto repetido por Colin Kaepernick, jogador de futebol americano (NFL), em 2016.
"Não fizemos o suficiente para ouvir - especialmente os nossos jogadores - para entender e reconhecer as experiências reais e significativas de negros e de outras comunidades minoritárias no nosso país. Pedimos desculpas aos nossos jogadores - especialmente aos jogadores negros - funcionários, adeptos e a todos os que apoiam a erradicação do racismo ", apontou a Federação de Futebol (Soccer) dos Estados Unidos (USS), em comunicado.
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Esta decisão surge na sequência da morte de George Floyd, um afro-americano de 46 anos que morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Pelo menos 10 mil pessoas foram detidas desde o início dos protestos, e as autoridades impuseram recolher obrigatório em várias cidades.
