Acabou o calvário de Paulo Fonseca: "Não consigo esquecer um momento..."

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Terminou, finalmente, a suspensão de Paulo Fonseca, que amanhã orienta o Olympique de Lyon a partir do banco de suplentes. Nove meses depois de ter sido alvo de castigo por ter encostado a cabeça ao árbitro Benoit Millot, num ato considerado intimidatório pela Comissão Disciplinar da Liga de Futebol Profissional da França, o treinador português volta a ter contacto direto com os jogadores em provas internas, nesta deslocação à Bretanha, para defrontar o Lorient.

"É um momento muito especial para nós, termos a oportunidade de nos voltarmos a sentar no banco de suplentes. Naturalmente que é uma experiência bem diferente do que tem acontecido e estou bastante feliz com isso", comentou ontem o treinador português, na antevisão do duelo que vai fechar a 15.ª jornada da Ligue 1.

Fonseca referiu que acabam de terminar "nove meses difíceis" em que sentiu "a falta do contacto no balneário" e, durante os jogos, de "ter contacto direto e de poder conversar com os jogadores" que orienta. Realçou ainda que, apesar da contrariedade, o facto "ajudou a unir ainda mais o grupo", exemplificando com um episódio em particular: "Não consigo esquecer um momento que vivi aqui depois daquele incidente. Quando jogámos contra o FCSB de Bucareste, quando os jogadores marcaram, eles vieram comemorar comigo no banco para mostrar que estavam comigo. Foi talvez o melhor momento da minha vida profissional e eu não quero esquecê-lo nunca".

O técnico garante que agora está "muito mais calmo no banco" e que vai passar a estar "mais focado na equipa e não nas decisões de arbitragem". "Para mim, o importante são as pessoas que me conhecem. Essas pessoas sabem que sou uma pessoa calma e emotiva, mas falo sempre sobre equilíbrio emocional. Tento ser equilibrado emocionalmente. Preciso de ter cuidado agora, mas continuarei a ser a mesma pessoa", garantiu Paulo Fonseca.