Surpreendidos pela escolha da seleção portuguesa, avós de Kevin Rodrigues foram de Carregosa a Viseu para ver o neto. O jogo em Leiria também está na agenda.
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Logo que saiu a convocatória, Amorosa Rodrigues e Altino Bastos decidiram ir a Viseu ver jogar o neto, um dos sete que em catraio lhe "destruía tudo com a bola", nas férias passadas em Carregosa, Oliveira de Azeméis.
Após representar os sub-17 de França, onde nasceu, Kevin Rodrigues vestiu a camisola das Quinas pelos sub-21 e estreou-se agora pela seleção A.
"Fiquei surpreendida por ele ter escolhido a seleção portuguesa. Ele fez a vida lá e era pequenino quando vinha cá. Depois de começar a jogar no Toulouse já quase não vinha de férias com os pais porque tinha jogos", afirma Amorosa, para quem ver o neto é a maior alegria.
"Só de o ver, já fico toda contente", diz a avó, com saudades do neto, cativo dos afazeres profissionais. "Não o vemos muitas vezes. Quando íamos a França, não o conseguíamos ver porque estava fora. Já não o vemos vai fazer dois anos para março", explica.
"Esperamos pelo final do jogo para lhe dar um abraço. Ele não gosta que chame por ele durante os jogos, a minha filha avisou-me... Mas lá sai", confessa Amorosa.
Os pais e a namorada passam o dia de hoje com Kevin, mas já não poderão ficar para o jogo com os Estados Unidos, na terça-feira. Os avós não vão faltar. "Nós podemos ir. Ele disse que nos arranjava bilhetes."
Um esquerdino para o Mundial
Sem perceber "nada" de futebol, a avó, portista, só vê qualidades em Kevin: "É muito meiguinho para toda a gente. É tímido. Sai ao pai e ao avô. Eu não, meto-me com todos!" Já o avô avalia-lhe os dotes de futebolista, crente de que "o pai o treinou", ele que também foi jogador numa equipa portuguesa em França.
"É bom jogador. É rápido, cruza muito bem as bolas e vai sempre até à linha de fundo para servir os companheiros avançados. Faz bons passes", considera Altino Bastos.