Abel Ferreira: "Alguns jogadores pediram para sair, sentiam-se ameaçados"
Na análise à derrota do Palmeiras na receção ao Santos, o treinador português, de 44 anos, salientou a "falta de capricho" dos jogadores do "verdão" na hora da finalização. E também comentou a "pressão" que é jogar no clube paulista.
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O Palmeiras perdeu, este domingo, em casa, diante do Santos, por 1-2, em jogo da 26ª jornada do Brasileirão - Zé Rafael ainda adiantou o "verdão", mas os golos de Tomás Rincón e Marcos Leonardo deram os três pontos ao "peixe".
No final do encontro, o técnico Abel Ferreira destacou que a falta de pontaria em frente à baliza adversária tem sido o principal problema do Palmeiras nesta fase da temporada. "Se não tivéssemos perdidos as oportunidades na primeira parte, se a bola tivesse entrado... Mas ela não entrou. Sabíamos que íamos sofrer na segunda parte, que estaríamos cansados [por causa do jogo da Taça Libertadores, diante do Boca Juniors]. Então, neste jogo, o capricho na finalização faltou e é algo que se tem repetido. Acabamos por fazer o golo num lance de bola parada. O que me deixa mais triste é não ser competitivo e haver falhas na defesa. Os golos foram mais demérito nosso do que mérito deles, com todo o respeito ao Santos", apontou.
"Tenho a certeza de uma coisa: eles querem acertar, mas temos de assumir que estamos pouco inspirados e criativos, apesar de nós conseguirmos criar e levar a bola para zonas de finalização. Mas acho que nos faltou capricho na hora de finalizar, porque nós criamos as oportunidades", analisou Abel Ferreira.
O português foi também questionado sobre a necessidade de renovação do plantel e sobre os jogadores que deixaram o Palmeiras nos últimos tempos e revelou que alguns pediram para sair por não aguentarem a pressão.
"Se prestarem atenção, desde que nós chegámos, como era o plantel e como é que é... Quando prestarem atenção a como começou esta época, se olharmos saiu o Jorge, Kuscevic, Wesley, Danilo, Scarpa, Merentiel, Veron, Tabata e Navarro. Alguns deles saíram porque não aguentaram a pressão de jogar aqui. Alguns vieram e disseram: 'Míster, não quero jogar mais aqui'. E quando um jogador te vem dizer que não quer jogar mais num clube, eu tenho de entender. Quando o jogador diz: 'Eu não quero jogar mais neste clube, sinto-me ameaçado e a minha família ameaçada', eu tenho de entender isso, porque o futebol não é isso. Quando os jogadores dizem isto, nós temos de fazer coisas que às vezes vocês não entendem. Pediram para sair e saíram. Fizemos a reposição, o Kevin tem vindo a ganhar espaço, aos poucos, quando os jogadores estão preparados, eles vão jogar, como o Endrick, o Fabinho, o Jhonatan, mas jogar com esta camisola, tem muito peso e responsabilidade", afirmou.
Neste momento, o Palmeiras ocupa o quarto lugar do campeonato brasileiro, com os mesmos 44 pontos do Grémio, terceiro colocado, sendo que as duas formações estão a 11 pontos do líder Botafogo.
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