Abel e o lado competitivo para explicar a postura: "Quando jogo com as minhas filhas..."
Declarações de Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, após o empate com o Flamengo (1-1) no Brasileirão.
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O futebol está inserido na sociedade? "Sim. Quando falo também me ouço. Acho que devemos dar o exemplo do futebol para a sociedade. E porquê aqui? Porque as pessoas são muito apaixonadas por futebol. Posso dizer que no meu prédio tiro fotografias com adeptos do Palmeiras, do Corinthians, do São Paulo, do Flamengo... Não tenho problema nenhum. Eu separo as coisas. Eu odeio perder, tenho um mau perder. Dentro das quatro linhas não quero fazer amigos, peço desculpa. Quero jogar para ganhar. Fora, podem ter a certeza que sou um homem porreiro, bem tranquilo, tímido... Às vezes estou num restaurante e as pessoas vêm tirar fotografias comigo: "Mas professor, você parte tudo!". Não, uma coisa é quando começa a competição. Outra coisa é a minha vida fora. Tenho essa responsabilidade e gosto muito. Um dos fundos do meu computador é "cultura humanista". Na competição não me peçam isso. Quando vou jogar padel com os meus adjuntos, eu tenho de os atropelar. Quando estou a jogar com as minhas filhas, a minha esposa começa a dizer "ah, és um insensível". Eu digo "não, que a vida vai bater muito, a vida vai-nos bater e eu tenho de me preparar assim". Na competição não quero saber quem está do outro lado. Fora da competição são outros quinhentos. Fora não tenho problema com ninguém. Estou em paz comigo e com os outros. É assim que eu penso e é assim que vai ser."
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