Gary Neville considera que transferências para a Arábia Saudita devem ser colocadas em pausa enquanto não for determinado se o governo do país tem ações na empresa por detrás da compra do Chelsea, em 2022, de forma a preservar a integridade da competição.
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Gary Neville, antigo internacional inglês e atual comentador da BBC, considerou esta quinta-feira que a Premier League deve impedir transferências de jogadores para a Arábia Saudita enquanto não for determinado se o governo do país tem ações na empresa por detrás da compra do Chelsea, em 2022.
O clube, vendido em maio do ano passado pelo russo Roman Abramovich, foi adquirido pela empresa norte-americana Clearlake Capital, presidida por Todd Boehly, com a imprensa inglesa a ter avançado há dias que o fundo de investimento público saudita (PIB), dono do Newcastle, poderá ter ações na firma.
Apesar de fontes próximos ao clube terem desmentido essa mesma informação na altura da transação, as dúvidas quanto à relação entre as duas entidades permanecem, com Neville a defender que a situação deve ser esclarecida antes que mais operações sejam realizadas.
"A Premier League deve impedir imediatamente as transferências para a Arábia Saudita, de forma a assegurar que a integridade do desporto não seja danificada. Devem existir garantias de que as transações são adequadas. Se esse processo acontecer, obviamente que as transferência podem ser retomadas. Mas eu acredito que, neste momento, as operações devem ser suspensas até que investiguem a estrutura diretiva do Chelsea e se existem negócios de transferências impróprios", afirmou, em declarações à BBC Sport.
Até ao momento, N' Golo Kanté foi o único jogador que trocou o Chelsea pela Arábia Saudita (Al Ittihad), a custo zero. No entanto, outros nomes têm sido apontados à mesma mudança, nomeadamente Hakim Ziyech (Al Nassr), Kalidou Koulibaly (Al Hilal) e Édouard Mendy (Al Hilal).
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