A camisola de Xhaka que foi vista como uma mensagem política contra a Sérvia
Após um jogo "quentinho" e em que se envolveu em várias brigas com jogadores sérvios, o médio da Suíça fez questão de sair do relvado com uma t-shirt em que lia "Jashari", apelido de um jovem colega de equipa, mas também de um dos fundadores do Exército de Libertação do Kosovo, morto pela polícia sérvia em 1998.
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A Suíça venceu a Sérvia por 3-2 na sexta-feira, em jogo da última jornada do Grupo G do Mundial'2022, garantindo o apuramento para os oitavos de final, onde vai defrontar Portugal.
Granit Xhaka, capitão suíço de origem albanesa-kosovar, foi uma das figuras em destaque na partida, devido a se ter envolvido em várias brigas com jogadores sérvios.
No final do jogo, Xhaka saiu do relvado com uma t-shirt em que se pôde ler o nome "Jashari", que é o apelido de um jovem colega de equipa, Ardon Jashari, mas também de Adem Jashari, líder revolucionário que defendia a independência do Kosovo, não reconhecida pela antiga Jugoslávia, e que foi morto pela polícia sérvia em 1998.
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Em declarações na zona de entrevistas rápidas, o médio recusou ter enviado uma mensagem política à Sérvia, mas tendo em conta a provocação de Xherdan Shaqiri, também de origem kosovar - mandou calar os adeptos sérvios após ter inagurado o marcador - o duplo significado da t-shirt não parece ter sido acaso.
É de acrescentar que, no dia de jogo, o balneário sérvio foi enfeitado com um mapa do Kosovo coberto por uma bandeira sérvia com a mensagem "Sem rendição", caso que motivou uma investigação da FIFA.
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