Mourinho questiona Wenger: saiba a pergunta do português e a resposta do ex-rival
Antigo técnico do Arsenal participou na rúbrica "You Ask the Questions", do jornal inglês The Guardian, e recebeu um número nunca antes visto de perguntas, uma deles do "Special One"
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Arséne Wenger, diretor do departamento de desenvolvimento de futebol da FIFA, foi o mais recente convidado da rubrica "You Ask the Questions", do jornal inglês The Guardian. Entre as mais de 800 questões endereçadas, "um número recorde", surge a do português José Mourinho, antigo rival do ex-técnico francês na Premier League.
O atual treinador do Tottenham destacou "a cultura e a visão" do agora dirigente gaulês da FIFA, disse acreditar que o próprio "tem qualidades para ser um executivo de topo", como "CEO ou diretor de futebol num clube" e, depois, perguntou: "Já pensaste em assumir esse cargo no Arsenal ou era teu desejo continuar sempre em campo?"
Na reposta ao antigo adversário no futebol inglês, com quem privou em reuniões e jantares da UEFA e da FIFA, Arséne Wenger assumiu que aceitaria desempenhar o papel de conselheiro no Arsenal por haver falta de identidade clubística.
"Não, eu teria considerado fazer parte do Arsenal como conselheiro. Honestamente, acredito que existe um défice de conhecimento nos grandes clubes de alta competição. Acredito que vimos recentemente que existem muitas maneiras de se ser bem-sucedido no futebol", começou por responder Wenger.
De seguida, o diretor do departamento de desenvolvimento de futebol da FIFA explicou que para a obtenção ou continuação de sucesso desportivo de um clube são úteis as antigas figuras que fizeram história e triunfaram ao seu serviço.
"Por exemplo, há o modelo do Bayern de Munique, onde todo o sucesso e continuidade dependem de pessoas que conhecem os valores do clube e eles transferem isso de geração em geração: Beckenbauer, Hoeness, Rummenigge. Ou há modelos em Inglaterra de criação de dinheiro rápido e sucesso rápido. Ambos podem funcionar. Gosto do facto de um clube ser primeiro identidade e ter um conhecimento que é transferido de geração em geração", sublinhou Wenger.