Jorge Preá tem 35 anos e, depois de uma carreira que chegou a contar com passagem pelo Palmeiras, trabalha na limpeza de sarjetas.
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"Nunca me senti menosprezado. O meu filho mais velho gostava que eu voltasse a jogar, mas ele sabe em que é que eu trabalho e isso nunca foi problema. Digo a toda a gente, tenho de trabalhar. Isso de ter jogado no Palmeiras há 10 anos não me vai dar dinheiro agora", diz Jorge Preá, ex-jogador de 35 anos que agora limpa sarjetas.
Em entrevista ao site UOL, o antigo avançado conta que teve de procurar trabalho noutra área depois de o último clube ter falhado o pagamento dos salários. Com a mulher grávida e quatro filhos para criar, aproveitou a oportunidade que surgiu, por intermédio de um familiar. "Vergonha deve ter quem atira lixo para o chão", atirou Preá, que ainda vai amealhando mais algum dinheiro por participar em jogos de equipas dos arredores de São Paulo:
"Recebo 200 ou 350 reais por jogo", revela, valores que equivalem a cerca de 45 e 82 euros, respetivamente.
Quanto ao trabalho propriamente dito, o ex-jogador assegura que não é fácil: por vezes, tem de lidar com ratos e escorpiões que saem dos esgotos. Mas, quando chega a casa, conta com o apoio incondicional de Ingrid, a esposa:
"É uma mulher guerreira. Está comigo desde antes da carreira no futebol, nos bons e nos maus momentos, estamos sempre juntos", rematou Jorge Preá.